O mesmo sentimento, nunca estar só, mesmo o mais solitário dos cavaleiros sempre carrega suas armas, e a solidão, sua inseparável companheira, Aella pensava enquanto olhava a outra inseparável companhia encarar de volta no reflexo da água, a fera que estava em seu reflexo, respirava com raiva, arregalava os olhos, parecia falar algo que ela não ouvia as vezes, e com suas garras que pareciam querer alcançar Aella, era Aella pegando a mesma agua com as mãos para passar no rosto antes de por a mascara, outra noite chegava, e enquanto os outros se preparavam para dormir ou se divertir com suas companhias, Aella e sua solidão tinham outra caça para cuidar...
A mensagem que o falcão deixara de manhã enquanto ela chegava era clara...
"Povoado ao norte do santuário, Aegae, procurar Basil e Cressida em uma pousada local, casal dono de uma fazenda que alimenta parte da guarda do santuário se nega a mandar mantimentos até que o problema de uma fera devoradora de homens seja resolvida."
Era normal matarem todos as feras da região, mas se uivos não podem ser ouvidos, os animais foram mortos em vão, mas como só esse vilarejo havia reclamado do problema, então não era grande coisa...
-Deviam usar os guardas preguiçosos de iscas se não matam mais bandidos... pft. Diz ela se esticando antes de levantar voo e seguir pra região...
Sem vento, noite quente, sem nuvens e meia lua, perfeita para ser esquecida.
A noite segue tranquila com a viagem até o local, movimento noturno típico nos vilarejos, davam espaço ao silencio da vila de Aegae, uma clareira no meio da densa floresta haviam tochas acesas apenas nas partes altas das casas, não havia qualquer fogo iluminando as ruas e os normalmente usados já estavam no fim, sinal de que haviam sido acesos de dia ainda...
Janelas trancadas, nenhum animal fora, cavalos, cercados e protegidos atras de muralhas altas...
Que raios acontece aqui? Corre a pergunta na mente de Aella ao pousar as portas da pousada.
Levou tempo até o dono do lugar resolver abrir uma brecha na porta para ver que quem batia a porta era uma amazona enviada do templo, mas não tanto até o casal dito na mensagem aparecer, eles estavam acordados sentados há companhia de um bêbado deitado sobre a mesa eles estavam a espera um bom tempo pelo visto... Algo dificil de imaginar para alguém da idade para o tal Basil, a Cressida era mais jovem.
-Basil e Cressida imagino, Aella de Lince, o santuário me informou a respeito do problema
-Faz dias que mandamos mensagens para lá, e nada, primeiro atrasam pagamentos agora isso?!?
-Calma, amor ela não veio para isso- Crescidia repousando a mão sobre o ombro do velho Basil - você veio por causa da criatura não é?
Pergunta que Aella responde com um sinal, e logo a mulher desenrola toda a historia, de como meses atrás o gado começou a ser caçado, ai contrataram vigias e os vigias que viraram a caça, logo os funcionários começaram a ser caçados a plena luz do dia nos territórios na fronteira da fazenda, não levou dias para a fera arrombar a casa e o casal sair correndo...
-Algo mais? - Pergunta Aella batendo a bota da armadura no chão, sem problemas em mostrar sua pressa... Cerssida logo lhe entrega duas chaves.
-Nós nunca mais voltamos para a casa muito menos no porão, se puder traga uma caixinha que lá está, lá estão joias de família de minha esposa. ela esta envolta num velho saco de grãos, não tem erro - Diz Basil enquanto Cressida começa a entrar em prantos, irritando o bêbado que reclama antes de cair no sono de novo abraçado a uma garrafa de vinho - E agora estamos nessa situação... Ridículo...
Aella já sabia o que precisava, então sem cerimonias ela deixa eles, arranca a manta protetora de alguns a barris do lado de fora e ruma para a região da fazenda, escura o bastante para o brilho de estrelas iluminar as aguas...
A rota é silenciosa, sem som de animais, sem ninguém nas ruas, sem nem mesmo as distantes fogueiras feitas por viajantes ou silhuetas de ladrôes de estradas atras das moitas.
Nada. Nada o bastante para seus passos serem gritantes no silencio todos.
O caminho é longo mas noite ainda chegava em seu auge quando ela passa os portões rústicos do lugar.
Estava escuro mas sem tocha era melhor, os olhos se adaptam mais a escuridão, o manto escuro e sujo dos barris ajudava a esconder a armadura, o brilho do metal seria muito chamativo para ser uma presa e se esconder se torna mais fácil...
A casa deles despontava em uma colina a frente, devia servir de ninho agora para a criatura, ela tenta não se distrair com outros ruídos mas é difícil, quando Aella começa a fazer paradas, ela ouvia seus passos, mas a altura deles atrapalhava, não seria problema se ela não escutasse esses passadas também enquanto estivesse parada.
-Otimo - Resmunga ela
Uma silhueta cambaleante na sombra deixava claro que ela não vinha sozinha, o bebâdo do bar a seguia, andando como se enfrentasse uma violenta ventania de todas as direções.
-Athena me segure, pois eu mesmo vou matar esse desgraçado se ele não ser devorado. O que faz aqui!? De meia volta ou te uso de isca pra fera!!!
O Homem cambaleante não responde, apenas segue em silencio até amazona...
-Chegue perto e quebro suas pernas antes de te arrastar pra vila homem!!!
Grita ela, o homem não parece ignorar dessa vez, era um jovem lemuriano. ele para com a garrafa em mãos;
-Você não entende garota... Eu já sou a isca. - Diz ele de forma em bem sobrea pro cheiro de álcool de suas roupas.
Ele quebra a garrafa de vinho a seus pés, o vinho solta um cheiro ferroso forte
-Mas o que... Isso não é... - Pergunta Aella...
Passadas fortes arrebentam galhos entre as arvores, Aella não tem duvidas e corre em direção ao homem, as garras da fera se prendem a duas arvores e a criatura usa para tomar impulso, num bote para fora da escuridão.
Num movimento rápido o homem é agarrado, mas por Aella, que cai no chão enquanto a silhueta sombria cruza o ar por cima dos dois, caindo e escorregando no barro do lugar...
Seus chifres se erguiam como uma coroa sobre seu corpo coberto de pelos, seus dentes refletiam mais luz do que seus olhos, seja lá onde estavam, a criatura se levanta nas patas traseiras e começa andar rodeando ambos, Aella abre seu manto revelando sua armadura enquanto o homem se levanta rapidamente.
-De que abismo saiu isso? - Pergunta ele
-Pro mesmo que eu vou mandar você se não me falar o que está fazendo aqui. - Responde Aella.
-WRRRRUUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH - Ruge a criatura jogando seus braços para traz
A amazona toma posição de combate, e a fera começa a correr em direção a ela
A criatura corre, saltando no ultimo segundo, seus braços cruzam no ar enquanto Aella se joga para o lado colocando a manta velha que roubara do bar no caminho que se enrola na fera, confusa a criatura para e rasga a manta de sua cabeça para se virar e ver onde a amazona havia se escondido.
O soco em sua cara logo quando se vira revela onde Aella estava, seguido de outro e mais outro, Aella se segura nos chifres da fera que balança e com dificuldade cai nas costas da fera, com suas mãos tentando em vão se agarrar no pescoço da criatura, mas a pelagem grossa é tudo que seus dedos encontram.
-Merda!!! - Diz a amazona.
Enquanto a criatura se debate, a fera urra enquanto Aella começa a cavar as costas da criatura com as garras da armadura até ver o mundo girar ao seu redor, a criatura se jogar de costas no chão, sangue escorre por baixo da mascara da amazona quando o corpo monstruoso da fera quica no chão com Aella embaixo.
Aella ainda tentava se levantar quando sente o puxão em suas pernas quando a criatura a pega, e uma, duas, 6 vezes bate a amazona contra o chão até uma pedrada na cabeça da criatura fazer ela se virar novamente para o homem coberto em sangue;
-Aqui seu filho de mil pais, vem, aqui!!! - Grita ele.
Ela joga a amazona para traz e sai correndo enquanto o corpo da amazona rola pelo chão até bater em uma pedra grande proxima da casa.
De costas para a fera e o homem, Aella se revira no chão com dificuldade, a grama e pedaços da armadura não seriam sua ultima cama, enquanto ela levanta parte da mascara para cuspir sangue, ela então baixa a mascara de novo e encara Axer lhe olhando de volta no reflexo da possa de sangue que fizera...
-Não se meta, ele é meu - Grita Aella ainda no chão - e você sabe disso. - Sussurra ela para o reflexo.
-Athena que me perdoe, mas outra intromissão desse cara nessa luta e eu mato ele...
Diz ela se levantando com dificuldade, para ver a criatura correr pela as arvores atrás do homen coberto de sangue que dava voltas, quase em vão, pois a cada curva ele podia sentir as garras da fera passando por sua cabeça quando não cortavam uma arvore...
Aella vai até o sangue de cheiro forte que estava no chão, onde a garrafa quebrara e joga aquela terra encharcada em fedor ferroso na armadura...
O cheiro era insuportável, mas a situação era urgente, ela abre os braços quando nota a criatura mudar de rota;
-Isso mesmo... - Sussurra ela assumindo a pose da constelação de lince
Ao Saltar a criatura abre seus braços, Aella da um passo a frente e se abaixa quando a criatura a envolve no ar, Aella sente suas costelas afundarem e o ar dar lugar ao sangue em seus pulmôes quando ela sente todo o peso da criatura parar em seus braços, força que a arrasta para trás...
-GASP!!! AAARRRggggh, maldito!!! - Grita ela cravando seus dedos na pele da fera -Você é meu!!!
Ela range seus dentes erguendo a criatura contra o céu;
-VENATOR... ULTRAAAAAAA - Grita ela jogando a fera no chão
BLAAAAAMMMMM, o impacto faz uma nuvem de terra envolver os 2 enquanto o rapaz envolto em sangue olhava assustado.
-Tsc - Desgraçado - Resmunga a amazona.
A criatura havia protegido sua cabeça de bater no chão com os braços, e se envergava de barriga para o ar para se levantar, e encarar Aella de volta.
Sua silhueta sombria se ergue na nuvem de pó a frente da amazona banhada no sangue que escorria da mascara
-Huh, eu só queria ir mais rápido.... - Diz Aella levantando os ombros.
Ela então corre em direção a fera que joga um braço para traz e soca a amazona, mas o cruzado passa levando apenas a nuvem de pó, Aella se abaixa e começa a socar a criatura na barriga;
-Então vou ter que te esmurrar até você entender, seu desgraçado!!! - Grita ela acelerando os golpes
Quando a criatura fecha as duas patas imensas em cima da amazona, agarrando o ar em vão, Aella com um passo para traz no ultimo segundo evita ser agarrada, pega impulso, e salta nas patas cruzadas ainda, e crava a mão na fuça da criatura e se joga para cima;
-Você está morto!!! - Grita ela
Cravando o punho fundo no olho esquerdo da fera, que leva as mãos a cabeça urrando alto o bastante para fazer eco...
Aella cai no chão e volta a dar cruzados na barriga da fera, finalizando com duas joelhada nos testículos da criatura...
-Defende essa!!! - Grita ela
Com dificuldade erguendo a criatura acima de sua cabeça contra a constelação de Lince.
-VENATOR ULTRAAAAAAAA!!!!! - Grita ela enquanto seu cosmo ergue seus cabelos
BLAAAAAAANNNN!!!
A pancada gera luz e som como um meteoro explodisse no chão, a criatura quica com força o bastante para ser jogada no ar, dando tempo para Aella dar um soco em sua barriga...
O ser voa até cair rolando, enquanto Aella luta para se manter em pé, ela tosse profusamente até sangue escorrer da mascara....
-acabou? - Pergunta Aella ofegante
A fera se levanta com uma das mãos nos olhos enquanto se apoia en outra, havia apenas sangue onde era seu olho esquerdo e sangue escorrendo entre suas pernas;
-WRRRRRRAAAAAAAAAAAAAAARRRRGHHHHHHH!!!!!!! - Ruge a fera batendo seus punhos no chão.
-Ha, otimo - Aella claramente não gostando de ver que o ser ainda queria lutar.
Ela volta a assumir a mesma posição de combate, enquanto a criatura corre sem freios em sua direção, pelo som da respiração, era claro que Aella estava com dificuldades, dava para para ver como ela forçava o máximo de ar possível, o rapaz que se fazia de bêbado e se fez de isca apenas olha escondido atrás de uma arvore.
Até ela segurar a respiração com a aproximação da criatura, quando ela tosse, sangue sai da mascara.
-Merda!!! - Grita o rapaz
A fera corre em direção a Aella que tosse vendo a massa de pelos chifres e musculos se aproximar a sua frente, pegando impulso e saltando erguendo seus braços...
-Eu... cof cof cof cons... cof cof - Diz ela tentando ficar na posição
-AAAAAHHH Ela Não vai conseguir!!! - Grita o rapaz dando uma rasteira
Aella que não parava de tossir não percebe e cai com o golpe do rapaz... Caindo de costas no chão enquanto a fera fecha seus dentes em vão no ar onde ela estava.
A fera passa voando por cima dos 2, caindo a metros de distancia do outro lado, cravando suas garras no chão e levantando terra e pedras ao começar a correr de novo...
Aella sem falar nada chuta o rapaz para longe, enquanto da um soco no chão, ao começar a se levantar...
-Eu disse para não se intrometer, - Diz ela com um joelho no chão.
Se levantando com dificuldade ela se coloca na posição de combate de novo, abaixando a cabeça dessa vez, uma provocação para seres com chifres assim como a fera...
A fera correndo abaixa a cabeça colocando seus chifres em direção a amazona, que corre em direção a criatura, a pega pelos chifres, o monstro a empurra mas ela na base do grito consegue segurar o bicho, fincar as botas no chão e jogar a fera por cima de sua cabeça com mesma força que a criatura vinha...
Aella pula em direção criatura mas a mesma esquiva rolando para o lado, revidando com um cruzado que joga Aella contra a mesma pedra que batera antes, a fera logo a alcança.
E começa a desferir patadas, cortes, cruzados, enquanto a amazona tenta revidar e bater de volta apesar da maioria dos golpes passar longe da fera.
Pedaços da armadura começam a sair voando com sangue enquanto o mesmo rapaz que a salvara, tenta jogar pedras no bicho para chamar antenção, mas a troca franca de golpes entre a amazona encostada na pedra e a criatura não parava...
-Tsc, ah seu - Aella abaixando a cabeça novamente
Quando a criatura ergue sua cabeça coroada com sua galhada e desse com tudo na amazona, que fica entre eles, enquanto os chifres destroem a pedra atras da amazona...
-Você - Diz Aella
Cravando suas mãos nas costas da fera e erguendo ela;
-Éééééé!!!
Grita ela caindo de costas assim batendo a criatura de costas com tudo no chão...
A fera perde o folego, da pra ouvir pelo ruído horrível de sua boca puxando ar... Quando Aella crava suas garras nas costelas do monstro, ergue ele queimando seu cosmo ao limite...
Luz envolve ambos enquanto ela joga a vera de cabeça no chão, que explode fazendo as arvores próximas balançarem e as janelas da casa proxima abrirem...
O Rapaz que encarava tudo aquilo apenas espera a poeira baixar... o silencio impera, o som dos pássaros voando assustados fora a ultima coisa que ele ouvira, no meio da nuvem de escombros, nada, apenas silhuetas escuras no chão...
-Aella? - Pergunta ele se aproximando a passos lentos - Aella!!!
Ele para assustado ao ver a cabeça da fera com chifres quebrados o encarar, estava deitada numa direção impossível para o corpo que estava inerte, estava a sombra da amazona que estava senta com um braço apoiado no joelho, e respirando com dificuldade entre uma tosse e outra...
-Ele está... - Pergunta ele
Aella apenas se levanta, sua armadura rachada nas partes que não haviam quebrado por completo, seu pescoço e peito eram manchados de sangue dela ou da fera enquanto cortes abertos se juntavam aos outros fechados em sua pele desesperadoramente marcada...
-Oi, não nos apresentamos, Meu nome é Ariston, eu sou - Diz ele parando ao ver ela ir em sua direção
Ela chega até ele, recolhe garras, e afunda o estomago do rapaz com um murro;
-Nunca mais interrompa um santo de Athena no meio do combate.
Diz ela seguindo em direção a casa, largando o rapaz tossindo sem ar... no chão
-Por... que? O que eu... Fiz - Resmunga ele
Aella ignora e segue, até a casa, as portas estavam trancadas, e o silencio predominava...
Apenas pertubado pelo tatear de suas mãos, atrás das chaves que não carregava mais;
-Mas onde... Há devem ter caído, maldito... Bom vai ser na chave mestra então
Diz a amazona antes de derrubar a porta na base do chute, na casa nada se não sombras, mas a ela não se importa ao andar pela casa procurando o porão, até achar uma porta em uma escada que descia no piso, mais alguns chutes e essa também vai ao chão.
Ariston escuta Aella derrubar a porta do porão ao cambalear para dentro da casa atrás de Aella, o lugar intimidava, ao contrario dela ele nota roupas e comida estragada no chão largados a dias como se alguém tivesse jogado e fugido o mais rapido do lugar, havia restos de corpos, manchas de sangue, um cheiro forte de urina...
Em um canto haviam 2 bustos, um destruído, e outro de mulher, era o rosto de Cressida, esse ainda estava intacto, Ariston nota como há arranhões no busto e manchas brancas grandes secas no pedestal, no piso, e manchando as cores da imagem...
-Aella podemos conversar? - Pergunta ele olhando um buraco gigantesco no telhado
Aella enquanto isso revirava sacos e mais sacos velhos, até topar com uma caixa de joias, antiga...
-Deve ser... - Diz revirando a caixa e jogando no saco que carregava ela...
O Cheiro forte de um ninho improvisado com tapetes não incomdova, mas chama a atenção de Ariston ao olhar no porão atras da amazona
-Essa coisa... - Sussura ele
-Saia daqui garoto - diz ela, sem olhar para ele
-Garoto? Eu trabalho pro santuário, sabe quantos anos eu tenho? Eu sou...- Diz ele antes de ser interrompido pela cena.
Aella apenas cruza a porta arrombada da entrada faz suas asas surgirem e abrirem, então encara Ariston uma ultima vez;
-Se você é do santuário então volte para lá agora, e lá resolveremos isso, aqui não é lugar para conversa - Diz a amazona, antes de sair voando, pelo bater de suas asas era claro que estava com raiva
Ariston apenas da um murro na parede e corre para o porão...
Enquanto isso a amazona não vai muito longe pelo ar, seu corpo doía e sangrava, o esforço de voar não ajudava, a cada batida de asa seus cortes abriam mais, e logo ela prefere voltar para a estrada e seguir no meio da madrugada até o vilarejo...
A Amazona era só com seus pensamentos na escuridão, sua dor em silencio na neblina, enquanto seus passos eram acompanhados pelo balançar das joias na caixa...
As casas sombrias logo surgem, na pousada apenas a fraca luz de uma vela iluminava através das janelas, mesmo no meio da noite ainda havia alguem acordado, devia ser o casal a espera de noticias...
-Por Zeus?! Mas o que ouve? Pergunta em choque o dono do lugar
Aella estava com armadura quebrada, enxarcada em sangue, lama e pelos, Cressida vira o rosto em choque por um instante antes de voltar a olhar enquanto Basil se aproxima...
-Você...
-Está morta, esperava que a fera dessa mais trabalho - Diz aella antes de tossir um pouco de sangue...
Ela entrega a caixa nas mãos de Basil;
-Mas a algo de errado, essa não é ela...
Diz Cressida, de assustada a aparentemente preocupada ao perguntar
Aella respira fundo;
-A fera está morta e foi para isso que vim, a casa não ficara longe de bandidos muito tempo, então passem lá o quanto antes...
-Eu... eu... eu não vou... não posso ver aquele lugar de novo, por favor - Diz Cressida aos prantos - Basil faça alguma coisa?!
Cressida começa a chorar enquanto Basil parece mesmo preocupad;
-Lamento, falha minha, eu esqueci, eu mandei alguns empregados prepararem nossas coisas para irmos embora, quando a fera entrou na nossa casa, muitos foram mortos enquanto fugíamos... - Diz ele se sentando ao lado da esposa...
Enquanto a porta começa a ser esmurrada por alguém...
-E Eu não confio em mais ninguém para isso, por favor, traga a caixa, ela deve estar lá
Aella apenas faz um sinal negativo e se vira;
-Meu trabalho aqui está concluído, a fera está morta, o resto o santuário entrara em contato o quanto antes, passar bem.
Diz ela marchando até a porta, que é aberta violentamente pelo dono ao ser empurrado pela mesma, Ariston entrava correndo ofegante....
-Parem, pare.... pare, Aella...
Diz ele desesperado tirando uma caixa de um saco que carregava...
-Essa é a caixa que ela queria - Diz ele com um sorriso
Que logo desaparece ao ser jogado contra parede e segurado pelo pescoço pela amazona;
-Mas que inferno!!!
Diz ela arrancando a caixa que ariston trazia e jogando ela no chão;
[color=#ff0000]-Por que você me persegue seu desgraçado?! Não quero saber - erguendo seu punho com garras ao rosto dele [color=#ff0000]-] Diga ou grite, sua escolha
-Olhe você mesma!!! - Grita ele
-Ah sim eu vou- responde ela erguendo ele pelo pescoço.
-O que é isto!?
Pergunta Basil, Aella se vira, e entre as joias que havia no chão, havia a caixa, ela tinha um fundo falso e dentro havia um prego similar ao usado pelos romanos para crucificar, sujo de sangue...
-Não toquem!!!
Basil e Aella, que larga o coitado, se aproximavam do prego, enquanto Ariston grita, ambos param
-O Cravo do Vale de Hinom, os romanos usaram para crucificar... Algo, mas essa... coisa havia feito isso para uma armadilha e matou todos menos um, que aceitou um trato, enfiar em seu coração o sangue infernal que sempre escorrera desse cravo...
-Cressida... Você sabe disso? - Pergunta Basil a mulher que levanta horrorizada
-Poder estará nas mãos de quem possui o Cravo, e servidão a quem o tocar e ira bestial a quem com ele se sangrar.
Cressida começa a se afastar e corre, se jogando contra a parede mais distante do prego ensanguentado no chão....
-Não, não, pode ser, eu fiz o que você pediu!!!! Não, ARGH!!!! Tirem isso daqui!!! - Grita ela
Basil tenta correr até ela mas é segurado por Ariston, enquato Aella se coloca entre os dois e a mulher que se contorse, sangue começa a enxarcar seu vestido
-GYAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHRRRRRRRGGGGGGGG!!!!- Grita ela
Flagelos de metal irrompem de sua pele, e rasgando musculo e tecido, sua pele começa a ser envolta por uma grossa couraça negra avermelhada de metal enquanto a mulher arranca as proprias unhas arranhando a parede...
-cOrrraaAAAAAAAaaaMMMM, SAIam Da DAQUI !!!!!!- Grita ela
O dono da pousada sai correndo enquanto Basil assustado sai arrastado por Ariston, enquanto o corpo de Cressida começa a ser tomado por uma armadura, quando o elmo se fecha como a boca de uma fera esmagando sua cabeça;
-Vocês não podem me deter...
Diz a rascante voz da fera de metal;
-WRRRRRUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRGGGHHHHH - Ruge ela
Seu poder lança Aella para fora da pousada que cai ao redor da de fera metalica, que caminha em direção a amazona
-As armaduras dos santos de athena logo se uniram a essa vadia no abismo de Sárka...
Diz a fera
-Que merda é essa? - pergunta a amazona em posição de luta
-Odigo, o devorador de armaduras... - Diz Ariston
-Não perguntei o nome desse escroto - Retruca Aella - Sai daqui agora
-Mas sei o que vai precisar saber, ele é de metal, mas o útero que o gerou são trevas abissais - Diz Ariston antes de sair correndo e afastando os moradores que acordaram assustados
Odigo abre sua boca e mastiga antes de sumir com os restos da cabeça de Cressida que estavam la ainda, ele para e encara Aella uma ultima vez....
Aella e Odigo se encaram, quando Odigo desaparece, Aella assume guarda, mas leva um chute de Odigo que surge do nada por traz, Aella sai rolando até cair em pé, Quando nota Odigo já a sua frente com o braço para traz, desviando no ultimo segundo do soco da fera de metal que abre um buraco no chão...
Aella prepara seus punhos quando vê Odigo desaparecer de novo, então gira para traz em um cruzado, que é parado pelas garras da besta que surgira novamente atrás dela, Odigo da uma cotovelada no braço de Aella que dobra na direção oposta.
Pisa em seu joelho fazendo ele se dobrar e joga ela no chão, pisando com força para afundar a terra embaixo deles, sangue jorra por baixo da mascara, antes dele pisar de novo...
Aella sai no ultimo instante, mas quando se prepara para encarar, Odigo a atinge na cara com um chute que faz girar no ar, ela cai novamente enquanto a besta salta caindo com seu tornozelo em cima da amazona...
Que para o golpe com um braço, arrebentando parte de sua armadura, enquanto outro ela bate o braço no chão para dobra-lo na direção certa, retornando o golpe de Odigo com um cruzado no queixo, logo seguide de outro, outro e mais outro, mas suas próprias garras são as unicas a sofrerem com os golpes...
-Ah seu- Resmunga ela
Quando ele desfere uma sequência de cruzados, enquanto ela defende um golpe e leva três ela ataca de volta até suas luvas arrebentarem na troca franca de golpes com a fera de metal que lhe passa uma rasteira e a joga contra uma das casas com um chute giratório.
Quando surge novamente a frente de Aella desferindo outra leva de cruzados, mas a amazona desvia o braço da besta em um dos golpes com um soco e acerta seu abdomên com um golpe com sua palma aberta...
A criatura parece se assustar por um instante e para seus golpes para olhar sua barriga, onde havia metal agora havia escamas;
-Você é meu - Diz ela
Aella desfere um murro no unico pedaço de pele da fera,, crava suas unhas na pele da besta, gira a criatura e atravessa a parede da casa com ela....
Ambos acabam numa cozinha, Odigo ainda surpreso cai e logo se levanta, mas recebe um chute de Aella na cara, que enfia a cabeça dele no forno, de costas para ela, a amazona usa curar nas costas da fera e então crava suas unhas na pele que surge no lugar do metal.
A fera ruge ao sentir que a amazona usava sua coluna como alça para agarra-lo;
-Venator - Diz ela levantando Odigo - ULTRAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!
E joga ele através de outra parede que explode com impacto, pelo som Odigo parece rolar no chão...
Quando Aella leva da nuvem de pó e escombros um murro que a atinge no figado, e vai parar no meio da rua...
-WROOOOOAAAAAAAAAAAAAARGGHHHHHH- Ruge Odigo caindo em cima da amazona
Ele desfere uma pancada em Aella e começa a desmanchar o pouco que restou da armadura da amazona, seguindo de outra sequencia de cruzados, socos, pancadas, cabeçadas com ela não no chão ainda...
-Você não é nada!!!
Diz ele cravando as garras no peito de Aella, agarrando ela pelas costelas atrás da carne, Aella grita de dor enquanto é erguida no ar e então é jogada no meio das arvores...
Aella bate contra uma arvore grande mas fica em pé, Odigo que surge a sua frente atravessa seu ombro direito com suas garras e a prende no tronco....
O Halito de morte de Odigo é arauto de sua lingua metalica que lambe a mascara de Aella...
-Devia ter ficado na tênebra lince... - DIz Odigo salivando
-Venha... me fazer companhia lá então- Diz Aella rangendo os dentes
-Hihihiehahahahaha - Ri Odigo- Não me faça rir vadia
Erguendo o corpo da amazona cravando suas garras fundo nela...
-GRRRRAAAAAAAAAAAHHHRRRGRGGGGG- Ela segurando o grito entre os dentes
-Tenho tanto para te mostrar... - Diz ele com sua voz, tremula de excitação
-Eu.... Gasp... também... - DIz Aella rangendo os dentes
Quando Odigo sente outro susto e olha para baixo, boa parte do seu abdômen estavam expostos agora, a amazona havia usado cura com seus dedos enquanto o sadismo de Odigo domava a situação...
Assustado, Odigo se afasta arrancando seu punho e garras de Aella deixando feridas profundas, que não para a amazona, que no impulso da queda crava seu punho esquerdo na barriga de Odigo, que a encara...
-Venator - DIz ela
Erguendo Odigo que atinge na cara quebrando parte de sua mascara...
Girando Odigo no ar e explodindo o corpo metálico dele em uma explosão cujo o brilho faz a sombra da noite desaparecer das arvores por um instante enquanto o chão treme...
Então silencio...
Na vila todos viram um clarão surgir de entre as arvores, mas apenas Ariston corre para as sombras do lugar para ver o que era...
O som de pancadas em carne sendo arrancada e mastigada assusta Ariston, que para pálido ao ver Aella de costas, suas asas abertas, e ela, pelos movimentos, parecia estar arrancando pedaços de carne com a boca, enquanto suas mãos envolta em sangue rasgavam atrás de mais....
Ariston da mais alguns passos...
A Amazona não se vira, apenas para, estica suas asas para cima e sai voando, deixando um pedaço grande de carne cair, enquanto ela desaparece nas nuvens...
Ariston não olha para cima, ao notar um pedaço de mascara quebrada no chão em meio a massa de carne e metal que A fera de ferro havia se tornado...
Em fim o sofrimento daquela vila havia temrinado...
....
Levou poucas horas até uma diminuta equipe do santuario chegar e limpar o local, mas levou dias, se não semanas para Aella se recuperar, ainda usando uma mascara de madeira e roupas de treino, ainda com pesadas faixas e tala de madeira em seu braço, ela se apresenta a Skarion, o sagrado cavaleiro de ouro de Leão para relatar o final da missão, uma outra amazona, de Lepus, lhe fazia companhia...
-A armadura de Lince foi danificada de forma grave, mas estamos restaurando, quanto ao Cravo e a armadura estranha, estamos ainda descobrindo o que fazer
-E qual a dificuldade? - Pergunta a voz severa
-Ela... bom...o Cravo foi escondido no relicário e é vigiado, já a armadura, ela não pode ser restaurada - Lepus respira fundo - Não por meios normais
-Sangue? - Skarion
-Carne, senhor, pedaços de carne que estavam presos a ela, logo se tornaram parte do metal, nosso supervisor decidiu esperar ordens para restaurar mas ele recomenda fortemente contra.
-Conclua a armadura de Lince antes e então decidiremos a respeito disso, mantenha ela em vigia pesada, execução de qualquer um sem permissão no local está autorizada
-Sim senhor! - Lepus ainda de joelhos
-Enquanto a você, amazona, alguém viu seu rosto- Pergunta o Cavaleiro com seu rosto coberto pelas sombras
-Não... não senhor, éramos apenas eu essa criatura quando isso aconteceu.
Aella ainda estava com dores, era claro que ficar de joelhos era ume esforço hercúleo, quando ela nota os cabelos de Lepus levantarem bem de leve pelo canto do olho.
-Tínhamos observadores no local do inicio da luta, não viram a mascara ser quebrada, mas tudo indica que foi a fera quando ambos foram parar na floresta, senhor.
Enquanto Lepus falava isso, Aella nota a silhueta gigante de Axer passar sua lingua nas costas de Lepus no reflexo de uma faixa de marmore na parede, Aella se levanta de subito, de um jeito desajustado...
-Qual o problema - Skarion, claro que não gostara daquilo
-Minhas costas senhor... Mais um pouco nessa posição e seria mais umas semanas de recuperação...- Diz Aella, com sangue começando a pingar de uma das bandagens
-Huh, certo, creio que não haja mais nada a discutirmos, o tal Basil retornara a produção em breve, depois da pechincha de ter dois problemas resolvidos pelo preço de um tudo voltará ao normal, podem ir, estão dispensadas.
Lepus e Aella saem do lugar em silêncio, voltando a falar apenas na entrada do santuário, apenas para serem interrompidas por Ariston, Lepus conhece ele, e o cumprimenta antes de sair e deixar Aella com ele;
-Ela é muito bonita não acha? - Pergunta Ariston vendo Lepus se distanciar
-O que você quer? - pergunta a amazona
-Uma aliança, você é cabeça dura e eu preciso de gente assim, eu trabalho para esse lugar, mas não de forma direta, mas quando precisam de uma informação ou algo que o santuário não pode ser ligado, é pessoas como eu que procuram
Ele se aproxima;
´-Eu alertei o santuairo quando o Cravo havia sido encontrado, que a esposa de um fazendeiro muito rico da região estava controlando alguma fera para conseguir terras ao redor do santuario e com isso riquezas e influência e blah blah blah, ja sabe, seja produzindo comida para toda região ou dando sumiço nos grupos de bandidos em troca de favores, o santuario não se importa, até gostava do "serviço" dela, eles amam algo assim cortar algumas curvas, estar alguns passos a frente, ganhar guerras antes que comecem em alguns raros casos, até as coisas sairem do controle.
Aella apenas faz um sinal negativo com a cabeça;
-Athena jamais autorizaria isso.
-Não existe luz sem sombras, mas as sombras existem muito bem sem luz, o santuário não seria o que é hoje sem esses detalhes, e ela oferecia tudo mais barato e em troca eles não precisavam gastar recursos preciosos com segurança... Apenas uma vista grossa aqui e ali de vez em quando.
-E agora graças a essa missão, esse lugar se livrou de um problema, aquela fazenda voltara a alimentar parte dos soldados e gente desse lugar acredita em min, mas para progredir preciso de alguém que não se importe da fazer o serviço sujo do santuário, e corrigir essas coisas quando saem do controle, em troca o santuário fica livre de possíveis facadas nas costas, temos um trato?
-Livre de facadas dando facadas nas costas dos outros antes? Huh, e aquela coisa que devorou ela? - Pergunta amazona
Ariston apenas respira fundo;
-Era o guarda pessoal dela, para caso o bicho de estimação escapasse do controle, algo aconteceu entre eles, talvez o trato com a entidade tenha sido quebrado, não sabemos... ainda... Mas era conhecido que enquanto o Cravo estivesse na caixa selado ela estaria segura enquanto essa fera estaria a solta por ai. o santuário não queria se meter, acreditava que ela poderia dar algum jeito de contornar isso mas, mas nada aconteceu, então eu deixei a mensagem chegar até você, o resto você já sabe, mas então você e eu, podemos fazer negócios?
Aella apenas observa em sielêncio e se vira para seguir caminho.
-Talvez - diz a amazona
Ariston apenas solta um discreto sorriso... o Sol estava se pondo e as sombras cobriam o santuário, o que mais se arrastava por aquelas terras?
Só o tempo dirá, pensa Aella encarando Axer no espelho antes de deitar, toda vez que a palavra que Odigo disse, "Sárka" lhe vem a mente, Axer era como um esfomeado vendo comida chegar, algo estava errado, mas o que? O que mais esse lugar escondia?
Seg Jan 16, 2023 10:23 pm por 
