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     Adamantia - Sombra

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    Art08

    Art08


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    Data de inscrição : 26/02/2016

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    MensagemAssunto: Adamantia - Sombra   Adamantia - Sombra Icon_minitimeQua Nov 30, 2022 4:29 pm











    Parte 1 - Abyssal







    Mileto…




    Foram semanas desde o último contato, pensa Quartz, amazona de Lepus, ao se aproximar da localização dada por Adamantia, centro de uma mata ao norte do santuário, era meio dia mas a densidade da mata junto com o céu carregado deixava o lugar extremamente escuro, era impossível enxergar alguns metros a frente.



    Mas restos de duas estátuas logo apontam a caverna entre troncos e grandes rochas.





    -Adamantia? O santuário tem uma missão para você.



    Diz ela para a escuridão do lugar.



    Sem resposta.





    -Adamantia? Eu sei que esta ai, por favor, responda



    Insiste ela, ela repete mais algumas vezes até perceber a presença tímida da górgona se aproximar:





    -Eu sempre respondo, por eles não fazem o mesmo?




    Era claro que as estátuas quebradas não eram de mensageiros, era comum mensagens serem interceptadas por ladrões e aquilo era um aviso a quem tivesse a mesma ideia.



    -Olha entendo que ninguém te procure, mas tenho uma missão pra você, Menphis no egito, eu vou te ajudar e…




    Diz ela extendemdo um punhado de papeis;



    -Você não tem mais ninguém para chamar não é.




    Quartz nota o reflexo metálico da máscara se mexer na sombra, a górgona a colocava para se aproximar.




    -Na prisão, nas áreas de treino, era e é sempre assim "vamos treinar", me junto a pessoas e elas somem, 8 meses sem contato com o santuário e eles nem lembram da armadura…





    Mas não nego missão, não posso






    Quartz apenas encara com olhar estoico da máscara. Mas havia certo alívio em seu gestual.





    [color=#ffc0cb] -Uma carga especial foi recuperado no egito, uma carga de oriagalco que foi roubada, Quimeron de gêmeos me mand…/color]




    -Você confia nesse…. Nesse desgraçado?



    Interrompe a górgona, Lepus apenas olha pro lado…




    -Sim, por isso ele te chamou, eu sei quando as pessoas mentem, mas até a verdade pode ser usada para enganar. Por isso ele pediu alguém que não confia em nada.






    A górgona apenas olha, Quartz podia sentir ela olhando direto nos olhos agora. Adamantina apenas concorda de forma silenciosa,





    Não demora até partirem para a missão, Quartz conhecia o lugar então não demora através de sua habilidade para abrir um portal direto pro Egito, Adamantia não gosta da ideia mas tempo era um luxo que não tinham.




    O portal dava para um lugar suspenso num cêu noturno repleto de nuvens e um céu estrelado em alguns espaços, o Caminho da Serpente como era chamado era como uma curta estrada que se construía no ar até elas atravessarem outro portal.






    -Chegamos.



    Diz Quartz, os portos re-construídos, edificações abandonadas, escuridão e ruinas surgem quando ambas cruzam o portal, a chuva pingava morosa mas os estrondos que ecoavam ao redor de Memphis não eram trovões.



    -Mas o que…




    Se Adamantia já havia achado estranho tudo aquilo de portal, dar de cara com uma cidade daquelas em ruínas era quase um choque, Mephis era a primeira grande capital do egito, reformada para ser uma das joias do novo império de Xerxes no Egito, havia casas em ruinas, escombros e até utensílios de cobre e ouro largado entre escombros, corpos em estado de putrefação.



    Ao longe embarcações persas chegavam com soldados com caras sisudas, alguns com tremor nas mãos quando viam outro barco repleto de civis feridos, crianças chorando, gente com olhar perdido partia no meio da neblina mórbida que tomava o lugar.





    -Memphis está sob ataque, não sei quem ou o que é a criatura, o Comandante Balder, líder dessa área está liderando as defesas da cidade, mas os soldados são só esponja de dano, Balder e criatura estão em combate ininterrupto a duas semanas.




    Diz ela enquanto caminham pelas ruínas e morte espalhada pela cidade, Adamantia vê ao longe uma duna alta, de traz dela fortes luzes surgiam iluminando as nuvens, sons de pancadas, explosões, gritos de soldados e metal batendo, tropas persas se juntavam no topo enquanto na base da duna, poucos soldados vivos eram puxados multilados do outro lado, enquanto dava para ouvir um deles gritar;



    "Sem efeito!!! Repetindo, nossos ataques são sem efeito!!!"


    Outro respondia



    "Ordens de Balder, manter essa coisa distraida até os civis serem salvos, quinto batalhão em posição!!!"




    Uma nuvem negra de flechas dispara por cima das dunas antes que tropas e até rinocerontes cobertos de metal e espinhos avancem com fúria e velocidade para a área de combate.




    Apenas para multiplas explosões surgirem erguendo sangue e metal no ar, Adamantia para para ver um rinoceronte enorme partido ao meio sair voando por cima da duna caindo em meio às tropas persas que chegavam.




    -É cruel eu sei, mas é uma oportunidade única, enquanto eles estão ocupados, nós temos o caminho livre.



    A górgona parece incrédula ao encarar Lepus de volta:



    -Você não tem nada a ver com isso não é?


    Lepus ja seguia a frente ao parar surpresa com a pergunta, mas levando no bom humor:



    -Eu? Huh se eu tivesse um devorador de deuses sob meu controle, acha que eu estaria aqui?




    Mas ela mal termina de falar quando a górgona a empurra para uma das paredes em ruinas na cidade, um dedo nos lábios da máscara fazia sinal de silêncio.




    -Rápido miseráveis!!! - gritava um homem irritado - acham que eu estaria usando vocês se os cavalos não estivessem na guerra!!! Andem seus merdas!!! Levante sua vadia!!!



    Gritava ele aos sons de chicotes, ambas amazonas se escondem enquanto 3 carruagens carregadas de coisas passam na rua cercadas de soldados, puxada por vários escravos, a frente um cavaleiro portando armadura negra fazia a segurança. Ele as teria visto se uma escrava que estava no grupo que carregava a segunda carruagem não tivesse ido ao chão, seu corpo coberto de feridas, seu pé torcido.




    -Era o que me faltava, rapazes sabem o que fazer com cavalos mancos, sacrifiquem essa égua e vamos em frente.



    Grita uma jovem coberta em ouro e caras veste na terceira carruagem, soldados arrancam a escrava ferida das correntes e a jogam no acostamento, ela grita de dor enquanto eles empunham suas espadas:



    -Tsc não temos tempo para isso, vamos logo.


    Reclama o cavaleiro de ebano, ele então volta a caminhar em frente.



    -Nossas tropas estão levando uma surra, logo o porto será fechado e você perderá o último barco senhora.




    Os soldados já haviam largado a escrava ferida de lado na pilha de tijolos quando a mulher coberta de jóias reclamava de não ter sido ouvida, as carruagens voltavam a andar.



    Enquanto isso Adamantia e Quartz corriam por trás das ruínas, o cavaleiro de ébano parece suspeitar mas ignora seguindo em frente.


    -Temos que nos juntar há Balder.



    Dizia ele, enquanto desapareciam na neblina de morte que pairava nas ruínas da cidade, Adamantia corria olhando para trás, para a escrava ferida, caida no entulho, mas ela sabia que se não fosse isso, poderia ser ela caída ferida no chão agora.



    Os sons da luta continuavam extremecendo a cidade enquanto Quartz e Adamantia correm rumo ao palácio.



    Por sorte era fácil de achar, parte da fachada estava destruída mas era maior construção com uma larga torre no meio, haviam mais vultos fantasmagóricos nas janelas do que guardas. Entrar não seria difícil, pensa a górgona.



    No meio da escuridão elas pulam no pátio, passam por obeliscos gigantescos destruídos, mobília destruída, paredes com escritas egípcias históricas destruídas, estátuas em pedaços não todas, estatuas com cabeça de leoa pareciam estar intactas.


    -lugar esquisito, sem vigilancia.




    Diz a górgona antes de ser empurrada por Lepus para um canto próximo de uma larga porta. Adamantia reclama em silêncio quando Quartz faz uma longa pausa:




    -Ali -



    Diz ela apontando um largo corredor, um punhado de guardas, olharam para fora enquanto outros seis olhavam para dentro, estavam acompanhados de 3 grandes balistas em linha, todas apontadas para dentro.


    -Que raios de lugar é esse?! Pergunta Adamantia.





    -Em teoria é o antigo palácio do faraó, mas a vigia não é pra impedir gente de entrar, mas para impedir que alguém ou algo fuja.



    Adamantia olha para os lados meio revoltosa.




    -Quer que eu entre numa prisão?! Cacete, só por que nasci em uma acha eu gosto desses lugares?



    Quartz volta fazer sinal de silêncio então cochicha entre as serpentes na cabeça de Adamantia.




    -Eles tem o depósito central nesse palácio, único que não foi limpo ao que sei, a carga tem de estar aqui.



    A górgona não parece ter gostado em nada disso:




    - (suspiro) Tá, deixa eu pensar, não notei janelas nesse andar. Nem outros até o topo, mas sei que eles usam entradas de ar e de luz, deve ter algumas nas partes altas do palácio. Talvez 100 metros de altura essa torre...



    Lepus não parece ter entendido o plano até Adamantia erguer um de seus punhos com as correntes.



    Ambas se afastam rapidamente enfre as ruínas até outro lado do complexo, o pátio estava também vazio, no chão apenas cinzas, entulho e restos de estátuas, acima a grande torre se erguia contra o céu escuro::


    -Isso não é uma torre, parece um… obelisco, mas…


    Adamantia olha para os lados então se lança com as correntes para cima. Com rapido movimento dos braços ambas as correntes voam até o topo se cravando no parapeito:


    -Vou na frente.



    Ela se vira para a cobstrução, de costas para Lepus a górgona remove a máscara, e com velocidade ela é puxada pelas correntes pelas correntes, chegando a quase correr na vertical enquanto as correntes a puxam.


    O topo da torre se aproximava rápido quando duas cabeças curiosas aparecem olhando, eram vigias:



    -Que raios é isso?



    Pergunta um dos soldados.



    -Mas que…



    Falava outro surpreso.



    -HSSSSSS!!!!



    Adamantia já próxima deles os encara com um forte silvo, suas faces se contorcem enquanto seus corpos paralisam em surpresa pela eternidade ao petrificar. Ela ainda na velocidade do movimento salta ao chegar no parapeito pousando no terraço.


    Outros 2 guardas se viram e encararam a amazona de Cassiopéia que estava envolta na sombra do céu escuro enquanto as luzes e os sons do combate ecoavam ao redor.



    Enquanto isso Lepus encarava a torre;



    -Ok, acho que vai ser do jeito antigo…



    Seus portais não iam levar onde ela queria então ela crava os dedos entre as rachaduras e frestas e começa a escalar a torre, aos poucos suas botas acham firmeza enquanto suas mãos caçam onde se cravar para se segurar, não era uma torre nova, os blocos estavam se desfazendo e não foram poucas as vezes que ficou dependurada, ao longe o combate continuava, ela podia ouvir os golpes titânicos estremecerem o ar enquanto soldados ecoavam ordens, súplicas, desespero, jâ do topo da torre nada se não silêncio, logo ela começa a se preocupar mais com isso do que com a queda.



    Ela quer chamar pela Górgona mas no fim isso só iria anunciar a outros vigias sua presença.



    Ela fica em silêncio, uma prece silenciosa, enquanto o parapeito ficava cadaves mais perto.




    Quando outra cabeça surge no parapeito, Lepus olha apreensiva mas logo respira aliviada ao ver Adamantia lhe extendendo uma mão.




    Logo as duas estavam no parapeito rodeadas por 4 estátuas e uma larga porta sem proteção, ninguém espera uma invasão a essa altura, pensão elas quando Adamantia olha o poço profundo iluminado por tochas dentro da torre, lá embaixo um buraco com espinhos, luzes iluminavam parte deles mostrando que havia uma passagem lá embaixo.



    A górgona respira fundo e se afasta do poço, apanha uma das estátuas e arrasta até o poço, a jogando no buraco.



    A estátua ganha velocidade na queda até ser esmagada com um estrondo por blocos de granitos que explodem das paredes em um piscar de olhos.


    -Hm… Quase fácil demais.


    Diz Adamantia, Lepus respira fundo.


    -Mas que… Como alguém passa por isso?



    -Essa é parte divertida, ninguém passa, vê nos espinhos lá embaixo, nenhum corpo ou ossada



    Aa duas encaram em silêncio por um instante antes de começarem a debater ideias, mas nada ia funcionar…


    -Você consegue usar seus portais?



    Pergunta Adamantia, Quartz faz um sinal negativo com a cabeça;



    -O espaço aqui é… distorcido, você não percebe mas eu sinto o espaço se dobrar quase como se evitasse essa área, eu teria que conhecer esse lugar pra chegar lá nessa entrada lá embaixo e mesmo se eu soubesse e abrisse um portal agora eu não saberia onde iria parar por causa dessa distorção…



    Algumas das serpentes se voltam para Lepus.



    -Isso deve dar


    Lepus encara em dúvida a górgona e depois de uma rápida conversa, ambas abraçadas pulam no poço.



    Adamantia estranha a sensação, ela nunca fora abraçada, e Quartz parecia a abraçar com algum tipo de força que ela não entendia e isso incomodava de alguma forma inexplicável pra ela.



    Os blocos começam a se disparar das paredes enquanto elas caem em velocidade…



    Lepus estica as mãos e nas palmas das mãos abre portais, girando rapidamente para que os portais sejam atingidos violentamente pelos blocos.


    Agarrada as costas de Lepus, Adamantia sente o cosmo de Quartz começar a baixar rapidamente, era desesperador, mas era a única opção…



    -Argh…. Ah merda!!!



    Grita Quartz fechando um dos portais, ela puxava o ar com força como se tivesse esgotado todas suas forças, alguns dos blocos passa. de raspão por elas enquanto elas caem, o fundo do poço com espinhos começa a se aproximar:



    -Agora!




    Diz a Adamantia ao ver que chegaram a um túnel perto do fundo do poço



    Quartz então abraça a górgona com um braço enquanto mantém um portal aberto com outro enquanto Adamantia dispara sua corrente com ponta de seta, que crava no teto do túnel.


    O tranco da corrente cravada no teto desloca o braço com um forte ruído, a Górgona grita de dor mas não larga, ambas balançam por um instante até a corrente soltar e ambas voam até caírem rolando em uma plataforma com porta dupla.



    -Ah… ah merda, melhor pior abraço da minha vida, e isso é algo. Ah merda… dói até a alma… vo… você ta bem Ada?


    Diz Lepus com um riso de dor contido, se levantando, a górgona levanta logo em seguida, seu braço direto balança enquanto ela leva a mão ao ombro…



    Agora vem a parte que eu não gosto.



    Diz ela se virando, ela tira a ombreira da armadura, ajusta o braço e bate o ombro com força contra a parede.



    Seu grito ecoa novamente, mas bem mais alto, dor que escapa de seus dentes por trás da máscara.



    Quartz não demora e arranca um pedaço de tecido da perna da calça e improvisa uma tipoia, Adamantia não gosta mas sabe que apesar do braço estar no lugar, estava fora de ação por hora. Feridas, a missão pode continuar.



    Mas para onde? Se perguntam por um instante, so havia uma porta mas ninguém queria cruza-la, depois de tomarem um tempo para recuperarem o fôlego, Adamantia mantinha os olhos em Quartz, seu cosmo havia se recuperado levemente, mas um pouco do seu havia sido gasto, mas ela não se sentia cansada, pelo contrário a górgona se sentia leve, como se quisesse ser abraçada de novo, algo que a incomoda, ela se mantém fria, mas ainda estava incomodada, elas então se voltam para a porta dupla à frente delas, era uma porta trancada por duas grandes barras de ferro na horizontal… mas a barra estava do lado delas…


    -Não sei se fico feliz ou assustada com isso…



    Comenta Quartz,



    -Não é pra trancar a gente, o resto só tem um jeito de descobrir…



    Diz a górgona com uma mão tentando tirar uma das barras, Lepus a ajuda, logo a porta está destrancada. Quartz não demora e, lentamente, abre a porta.




    Quando abaixa rapidamente batendo a porta logo em seguida enquanto algo passa zunindo por sua cabeça.



    -Me perdoe, estátuas sentinelas, esperava elas, só não esperava que pudessem girar…



    Diz Adamantia apontando pra flecha cravada na parede oposta do poço com um tufo de cabelo de Quartz.




    -Não temos outra rota para sair não é.


    Adamantia olha para Quartz e respira fundo;


    -As servas de Artemis tinham um campo de treino similar, chamavam de "Maratona abyssal"


    Quartz encosta de costas na porta enquanto toma coragem para abrir a porta.



    - Mas que merda de ideia…



    Adamantia apenas ensaia um olhar irônico, ela sabia o que teriam de passar.



    E de alguma forma, mesmo sem nunca ter visto, Quartz parece imaginar o que podem encontrar nesse corredor, e Adamantia percebe.



    As mentes ainda eram distantes mas pareciam se conectar…




    -Com sorte diz a górgona se preparando esses tem apenas um arco, sem sorte, não sei, Mas nada de gritar ordens



    Lepus se vira rápido encarando, dá pra ver sua cara de dúvida pelo estoicismo da máscara:



    -Tá de brincadeira comigo não é…




    Adamantia se aproxima com cuidado do ouvido de Quartz:


    -Vou falar coisas invertidas, para baixo será para cima, direita será esquerda e corre será para parar e vice versa,,, entendeu?



    Quartz deita a cabeça de lado em silêncio, Adamantia se levanta:



    -Ótimo



    Diz a górgona chutando as portas, nesse instante ela pula lançando uma de suas correntes corredor adentro enquanto duas flechas cruzam por baixo.



    -Para, agora!.



    Lepus não pensa e sai correndo entre as criaturas no largo corredor escuro com tochas vermelhas, eram como estátuas de forma inumana, cabeça como uma asa delta, com 4 braços, pernas, corpo envergado para frente, portavam cada 2 arcos que giravam enquanto o longo rabo que tinham os carregava com flecha.



    Lepus não para pra contar apenas corre, na frente, ela era alvo preferencial enquanto a górgona mais lenta pula, se abaixa, se joga de lado, desviando de flechas restantes.




    -Cima! Cima! Baixo! Baixo! Direita! Esquerda! Direita! Esquerda! Corre! Para!


    Repetia a górgona diversas vezes de variadas formas enquanto flechas voavam, passavam zunindo, Adamantia usava seu braço bom para puxar a corrente que espalhara pelo chão do corredor e batia com ela nas estátuas, assim atrapalhando a mira de algumas.



    As criaturas se espalham tomando posição enquanto a górgona tinha que virar para olhar…



    - Para! Para! Corre! Para! Direita! Cima! Direita! Esquerda! Baixo! Baixo! Gah!!!! Digo esquerda!




    Dizia ela enquanto flechas passavam raspando, uma arrancou um naco de pele e escamas ao passar perto da coxa fazendo ela tropeçar.



    -Não corra.



    Ela com olhar sério ao ver que Lepus queria parar para ajudar, Quartz entende se coloca para correr ainda mais, riscos e cortes começam a surgir queimando em sua pele enquanto flechas começavam a quase raspar mais e mais…



    -Quanto fa ARGHH merda… quanto falta




    -Para cima agora




    Grita a górgona, quando Lepus nota um grande buraco, quadrado como o tunel mas para baixo, sem medo mas não sem ferimentos ela joga seguida de Adamantia que prende a corrente duas estátuas sentinelas.



    Quartz instintivamente abraça a górgona que puxa a corrente, ambas sentem um forte tranco mas não como da última vez, Adamantia apoia então suas botas na parede, usando elas como freio enquanto desciam presas as correntes ainda.



    -Agora é sua vez.



    Diz ela ofegante quando ambas pousam na frente de outro corredor, este estava mais escuro com apenas um punhado de tochas ao redor de um grande círculo de blocos na outra extremidade e no meio do círculo as raízes de uma grande árvore se fincavam, não era possível ver sua copa, mas dava pra ver a sombria abertura que as raízes formam em seu tronco, como uma porta aberta onde as tochas não conseguiam iluminar.


    Mas a fraca luz delas permite a Quartz notar os blocos que compunham as paredes, eram os mesmos que faziam o poço onde quase foram esmagadas.



    -aaa merda…




    Resmunga ela, rapidamente Lepus apoia a górgona nos ombros e ambas começam a correr, mas Adamantia mancava.




    Os blocos começam a se desprender das paredes e sair voando em direção a elas, Lepus abre portais nas mãos e com eles começa a bloquear os blocos.




    Os blocos começam a vir em maior número, o som deles se chocando era ensurdecedor como vários relâmpagos caindo aos pés dos ouvidos e alguns quase arrancam seus membros ao passarem raspando, os portais que Quartz abria nas mãos começam a ficar menores, menores, um deles até se fecha por instantes angustiantes, seu cosmo cai, desesperadamente, aquela habilidade consome energia demais, Adamantia percebe isso.



    Então lembra como seu cosmo também sumiu quando Quartz a abraçou na queda na entrada.



    No impulso ela faz um corte no dedo, pressiona para o sangue escorrer e então abraça Quartz com mais força, encostando o corte do dedo na pele dela.



    O efeito é quase imediato, a górgona sente seu cosmo cair violentamente enquanto o de Lepus parece se recuperar, os portais voltam a ter tamanho e Lepus corre com mais velocidade agora carregando Adamantia…



    -Droga, como você… não interessa, segura firme pois agora vem a parte difícil.



    Diz Quartz, ela corre até chegarem no largo círculo cercado por tochas, blocos começam a voar de todos os lados…




    -Segura firme Ada, isso vai doer.




    Diz ela correndo fechando os portais,, Quartz estica sua mão apoiando ela nas raízes, Adamantia sente sua colega fazer um esforço sem tamanho enquanto a górgona sente grande parte de seu cosmo e de Lepus desaparecer num piscar de olhos…


    -Aaaaaaahhhh VALEI-ME ATHENA!!!



    Grita lepus a plenos pulmões, um grande clarão de luz envolve as duas ao se jogarem dentro da árvore, logo o retumbante som dos blocos dava espaço ao tenebroso silêncio. A luz dava lugar à escuridão implacável…




    Adamantia sente cair em madeira, mas o lugar estava escuro, sua visão noturna logo se adapta, e ela nota que estavam dentro de uma árvore grande, assim como as que ela se escondia…



    Ela nota Lepus se levantando também, seu cosmo parecia diferente, mais ativo, mais intimidador, elas estavam feridas mas a dúvida era pior do que a dor…




    O siléncio começa a ser quebrado pelo farfalhar de folhas por uma brisa lá fora, mas uma estranha sensação corre pelo corpo de Adamantia…



    Aquele lugar… aquilo não estava certo…




    Repulsa e horror começam a correr por sua coluna sem motivo aparente enquanto seu cosmo, suas forças começam a cair ainda mais…




    -Aarrrghhh o que… é isso…



    Reclama ela sentindo como milhares de agulhas a perfurarem…




    -AAAARGHHH!!!!



    Reclama ela de dor, caindo no chão, era como algo, como se o lugar estivesse sugando suas forças, seu sangue, sua vida….


    -Essa não, Ada!!!



    Grita Lepus, ela corre desesperada amparando a górgona, com dificuldade a colocando sentada, Lepus não perde tempo então arranca parte da armadura de seu braço e com suas unhas, mais afiadas agora, faz um corte em seu próprio pulso.


    O sangue escorre sujando a armadura da górgona, Quartz com outra mão tenta levantar parcialmente a máscara de Adamantia mas a górgona a interrompe…



    -arrgh…. Na… na… ão



    Diz a górgona quase desfalecendo,



    -Ada por favor, por favor, eu imploro, beba, você precisa disso….. beba… por favor…




    Diz Lepuz com a voz embargada… A górgona não tinha mais forças para falar, apenas balançava a cabeça negativamente…



    Lepus fica um misto de fúria e desespero, arrancando a própria máscara, revelando sua angelical face, seu olhar tinha ar maléfico mas não demonstrava maldade com as lágrimas que banhavam seu rosto delicado…




    -Ada… Ada… me escuta, esse lugar vai sugar sua vida, eu não quero perder outra amiga, por favor beba… eu imploro por favor



    A górgona mal se mexia mais, sua respiração era ruidosa, como se perdesse cada vez mais o ar a cada fôlego que tomava…




    Athena precisa de você… eu preciso, não vá por favor…




    Lepus estava sentada no chão com o corpo inerte de Adamantia em seus braços, aos poucos suas palavras se tornavam soluços quando o choro lhe vinha com força…





    Não… não, não, não…



    Repetia ela até sentir os dedos da mão sem forças de Adamantia encostar em seu braço…


    Quartz olha assustada com seus olhos arregalados, então com cuidado coloca o corpo de Adamantia no chão, as serpentes na cabeça da górgona estavam todas caidas, sem reação enquanto com cuidado Lepus levanta a mascara de Adamantia, e com mais cuidado leva seu pulso sangrando até a boca da górgona…



    Adamantia sente o gosto ferroso, quente descer por sua garganta…





    -Reage, vamos reage



    Repetia Lepus, na escuridão daquela árvore com o corpo inerte de sua colega…









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    MensagemAssunto: Re: Adamantia - Sombra   Adamantia - Sombra Icon_minitimeQua Nov 30, 2022 4:42 pm


    Parte 2 - Sombra











    Dentro do tronco de uma árvore gigantesca, Quartz de Lepus lutava com sua fé para não perder sua amiga para aquele sórdido lugar…



    -Ajuda Athena… por favor…      



    Repetia a amazona enquanto seu sangue escorria de seu pulso para a boca da górgona, aos poucos as serpentes começam a se mexer, reagir, se erguer olhando ao redor, aquilo era estranho mas fazia esperança brilhar nos olhos de Quartz, que nota Adamantia, com dificuldade erguer a mão e tentando segurar seu braço…




     -Isso, isso lute, beba mais, você precisa desse sangue      



    Diz Lepus com estranha animação quase como uma mãe vendo sua filha voltando a comer após longos dias sem se alimentar.



    Quando Adamantia consegue agarrar e empurra o braço de Quartz para longe, sua máscara cai, mas ela se vira antes para não revelar seu rosto.



     -Calma Ada… calma, respira, tente não vomitar      



    Diz ela para Adamantia que cai de joelhos tossindo violentamente, ela segura o impulso de vomitar várias vezes até conseguir parar de tossir, cambaleante virada para uma parede ela joga sua corrente  e raspa o chão até bater na máscara que quica até cair a sua frente…




    -Que… argh… merda você tá fazendo!? Não sou vampira… gasp      


    Quartz ri de forma discreta enquanto vê a górgona se recompor, vestindo sua máscara e prendendo com firmeza, nota quando ela vê seu braço que estava ferido recomposto, funcionando, até o buraco que uma das flechas havia aberto havia sumido.




    -Mas… descobri que você suga cosmo mas isso… como… Que lugar é este        




    Diz ela se virando olhando caverna de madeira que era o tronco sombrio daquela árvore, o farfalhar das folhas lá fora que aumentava e caia sem um canto de pássaro, não havia um inseto no chão, Quartz está com os olhos chorosos mas com um sorriso aliviado, que não disfarçava o estranho brilho satânico que eles tinham…



    Adamantia encara aquilo por um tempo antes do silêncio ser quebrado pela Lepus;




    -Este é um lugar que não vamos andar se não tivermos plena confiança, em nós mesmas e uma na outra…





    -E você sabe parte de um segredo meu agora…    
       



    Lepus apanha sua máscara do chão




    -Como assim? Onde estamos…  



    Lepus encara Adamantia com um olhar sério agora…




     -Tudo no seu tempo, esse lugar cobra um preço alto para quem não vem de ventre profano pisar nessas terras, o seu foi pago…



    -Mas se vamos andar aqui eu preciso saber algo que só você sabe, e eu lhe contarei algo que só eu sei.  
       




    Adamantia protesta como de costume, erguendo uma sobrancelha por trás da máscara e encarando em silêncio, ela não discorda, o que pra Lepus é outro bom sinal depois das serpentes voltando a vida mais cedo.




    -Ok, eu começo.      




    Ela se afasta de Adamantia e retira de seu pescoço um colar, nele preso algo que parecia uma única conta de madeira escura, quando ela faz isso era como uma porta se abrindo, seu cosmo ganha ares que Adamantia não reconhece, parecia convidativo mas no fundo enchia a górgona de pavor e remorso.



    Ela tira sua armadura por um instante enquanto seu corpo brilha com uma estranha energia, a górgona percebe a forma desnuda que Quartz parecia começar a assumir envolta em luz e, claramente irritada, incomodada, se vira de costas num susto para não ver…



    -Huhuhu por que se vira?  Sou uma mulher como você, lembra? Não tenho nada que você também não tenha.  


    Diz Quartz, sua voz era mais suave, sedutora, era como musica, Adamantia não sabe descrever o que é lascivo mas o tom com que Quartz falava, o cosmo que ela emitia eram o que os livros e os ensinamentos diziam, perturbador, algo a ser evitado a todo custo segundo os princípios da górgona que não se vira…



    -É falta de respeito, por favor vista-se  



     -Hm   Quartz com ar quase zombador -    -Ah desculpe, pelo visto nunca esteve em Atenas não é, não quis te desrespeitar… pronto pode se virar


    Diz, Adamantia estava consternada com o lugar onde estavam, com o que passara,  e agora com o que via, Quartz estava em seus trajes de treino, sua pele imaculada, ela era como muitas das servas de Artemis…


    Não havia palavras para descrever a beleza de seu rosto, as curvas de seu corpo que pareciam evocar o que se dizia beleza digna apenas de vênus, era claro que ela era um anjo mas algo estava fora, seu olhar, era como o de uma leoa encarando a presa alheia a sua fome, penetrante, hipnotizante, Adamantia estava surpresa pois ela parecia uma musa de algum artista ou poeta divino…



    -Vocé é uma… desmorta alada…?  



    Diz ela confusa




    Quartz ri, seu riso é inocente mas seu olhar  intimida qualquer demonio…


     -Anjo? Sim Mas não "desmorta", eu nunca estive viva, sou uma alada, mas não servia aos deuses do olimpo…  




    Uma estranha sensação de repulsa corre por seu corpo ao ouvir aquilo, mas ela controla, temendo desrespeitar sua amiga, Quartz repara e retorna com um sorriso amigável de seus dentes pontudos…



    -Então você só pode ser uma…  





    -Eu sou uma succubus,



    Adamantia olha para o lado processando aquilo…



     -Eu imaginei, reparei como seu corpo suga energia, mas você causou isso?  



    Diz ela, Quartz retorna com um sinal negativo




    -Não, nunca  usei nem jamais usarei meus poderes contra aqueles que Athena lança sua luz, posso sim roubar  algum poder mas isso foi do momento e não lhe faria mal… sei que te incomodou e por isso peço minhas mais sinceras desculpas.





    -Agora esse lugar… bom isso vem depois  




    Adamantia dispensa as desculpas, ainda estranhando tudo:




    -Eu esperava algo mais… sabe…     Diz a górgona sinalizando chifres na cabeça
    -E como, como você conseguiu chegar até lá,,,    




    Lepus cerra os olhos com um sorriso, como se passasse um filme em sua caveça;




    -Temos a forma que queremos, umas ficam assim outras preferem algo mais… simples…




    -Já o santuário, aquelas terras eram de um grupo de… outras como eu que eu fazia parte, já existiamos antes das estrelas que estão hoje no céu brilharem, quando descobrimos que novos deuses estavam ganhando templos e um seria em nossa área logo seria um alvo excelente.



    -Mas eu não gostei da ideia, ver os homens se corromper era… especial, ainda é, mas algo naquela Athena me incomodava, eu não queria pertuba-la…



    -Minhas colegas não me ouviram então descobri quem iria servir lá, por sorte descobri um dos que se vestiriam de ouro, hoje conhecido como Aristóteles de virgem



    -Bom homem, sério, não se assustou nem se corrompeu ao me ver, pelo contrário, era como se jâ tivesse ouvido falar de min, ele disse que elas não mudariam de opinião que não havia mesmo meio de evitar que o santuário caísse em corrupção, havia como ao menos atrasar isso…



    -Então aprendi a lutar treinei, lutei contra elas, as que fugiram nunca mais ouvi falar…






    Ela ergue o colar com a única conta;




    -Como recompensa ganhei isso, era uma unica conta sobrevivente de um rosario destruido, isso me ajuda a manter minha forma humana  


    Ela mostra o pulso com um rosário completo enrolado




     -E isto, isso serve de lembrete, para manter minha… "fome" sob controle e lembrar de minha missão.  



    Adamantia olha aquilo com seriedade, a conta em si parecia emanar um poder austero assim como o rosário, Quartz continua:




     -Servir foi mais difícil, mas ele falou por mim, e em troca destruí minhas asas até os ossos, jurei servir enquanto Athena amasse esse lugar.  




    Diz ela de costas levantando sua blusa e mostrando duas largas cicatrizes nas costas. Ela então se vira, Adamantia respira fundo…



    - Esse é o meu segredo, qual você me confia?  



    A górgona pensa um pouco antes de tomar coragem




     -Eu… Eu desisti do santuário, mas não comuniquei minha decisão.  



    Lepus demonstra surpresa então preocupação, mas sua beleza tornava mesmo isso algo magnífico de se olhar…



    -Por que? Como? Eles fizeram algo?    



    -Não, não fizeram nada, esse é o problema. 6 meses sem contato com eles e nem atrás da armadura vieram    





    Lepus apenas respira fundo, com ar de decepção, era claro que Adamantia não voltaria atrás, com seus sentidos ela percebe  como era fechada, perturbada, a mente da górgona, como em noite de inverno permanente, o corpo dela não reagia aos estímulos do cosmo de succubus, era como se ignorasse por completo. ;




    -Bom não vou tentar mudar sua opnião, mas pense por favor  




    Ela então volta a assumir sua forma humana veste sua armadura e com uma reverência agradece a confiança nela depositada por Adamantia, ela se vira e pede para Adamantia a seguir.





     -Se não fosse você, eu não estaria aqui hoje.  




    -Ainda estou meio zonza mas consigo seguir, que lugar é esse…    


    Diz, parando próxima ao túnel de raízes que era a saída do lugar… então volta andar a frente. Lepus continua…




    -Ninguém sabe, mas quem sobrevive ao preço cobrado ganha o direito de entrar aqui, às vezes até mais, um olhar mais intimidador, a capacidade de ler almas, falar com mentes, isso varia mas quem vem aqui, sempre sai um pouco mais quieto.




    Conforme se aproximava da saída da árvore mais escuro o lugar ficava, um ar fúnebre toma conta de sua alma, pensamentos nefastos viam em seus ouvidos de vindo de vultos inexistentes que se escondiam no canto de seus olhos




    -E como eu sei, que raios de lugar é esse    



    Ambas param, Adamantia tem um vislumbre que seria traumatizante mesmo para mentes experientes, o céu permanentemente noturno com nuvens tons de ferrugem, árvores em formas não naturais em direções menos naturais aindas, com folhas negras, sem folhas, com sangue, sem ou com corpos entranhados vivos, mortos, desmortos,   como se lentamente sendo devorados pelo tronco, ao longe altas ruínas que lembram memphis, se não fosse por altas ruínas e pirâmides invertidas  além das dunas…



    Ela não devia estar lá, Quartz não devia estar lá… Sente ela…



    A alma da górgona se enche de horror inexorável, como se ela estivesse sendo petrificada aos poucos enquanto olhava o lugar…



    Dizer que tudo onde seus olhos pousavam tinha ares funestos era um tremendo eufemismo, antigos, implacáveis mesmo contra a mais fiel e bondosa das bênçãos, suas pernas tremem um instante com um calafrio que corre por sua coluna, uma forte tontura mental passa em sua mente perturbada pelo horizonte de morte que se deflagrou como o sol cruzando nuvens de tempestade….





     -Este lugar tem muitas entradas, poucas saídas, quase nenhum sobrevivente de fora,  tem muitos nomes mas todos significam, exclamam amaldiçoam apenas um significado…




    -Sombra





    ….




    Adamantia quase desmaia depois de encarar o lugar por um tempo, mas logo se recompõe, não como antes, suas escamas parecem pálidas…


    Sangue escorre de seu nariz pingando da máscara…


    Quando ela nota mesmo tonta, um lugar distante logo a frente, era como uma praça, cercada de caixas, médias e grandes, com pequenos baús abertos e fechados ao redor, nelas, em tudo, ouro pingava em pilhas de moedas brilhantes, cercada por um punhado de colunas, no chão, joias, pedras preciosas e mais ouro que envolviam pilhas de ossos humanos, alguns com carne já decomposta, tantos que não era possível saber se era chão ou um buraco cheio deles.



    Mas antes que ganância se torne justificável, os olhos das duas focam no centro da praça, lá um trono egipicio clássico e nele, sentado de cabeça baixa, centado, coberto com um manto branco e peças de ouro no pescoço e pulsos estava um jovem, sua careca com cicatrizes, algumas fundas, reluzia no brilhos das jóias e sua roupa quase iluminava o lugar de tão branca…



    Adamantia esta zonza ainda quando Quartz bate em seu braço:



    -Ali… Aquela ali      




    Sussurra ela, apontando um báu simples fechado, era ali que o tal oricalco especial estava, maldito báu no coração do pesadelo, lá estava ele, como iam sair era outra historia mas ele ja estava garantido.




    Ambas caminham, mas Adamantia para segurando o braço de Quartz, quando ambas notam as mãos do jovem sentado, seus dedos tremiam…





    O silêncio domina o lugar quando ele parece respirar fundo…




    -A… alguém… alguém conseguiu…?  



    Pergunta ele com voz embargando, lentamente ele ergueu seu rosto, o bastante para revelar sua exoressão cansada…



    -Por Isis, graças mil graças!!! Alguém, Alguém!!!  



    Exclama ele emocionado, ele tenta levantar mas cai nos ossos sem sujar sua roupa imaculada…




    -Perdão perdão, perdão, rápido, peguem o que quiserem, e saiam  SAIAM POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO!!!  



    As duas se entreolharam, em silêncio…



     -O que? Não é o bastante!? Não, não é isso… armaduras são guerreiras? ISSO!!! GRAÇAS MIL GRAÇAS RÁPIDO NÃO TEMOS TEmmm ahahaaaa hgaaaaaaaahh  



    Gritava ele de forma psicótica, suas lágrimas aumentam e ele cai de bruços esmurrando os ossos e o ouro, se colocando a chorar de forma desesperadora…




    -O o oooo calma, nós não viemos te roubar, nós só queremos aquela caixa… e talvez aquele colar com o diamante rosa… ooff!!!  



    Dizia Quartz até a fala da jóia invocar uma cotovelada repreensiva da górgona:




    -Quartz por favor… Olha, senhor, nós só…  



     -Perfeito!!!! Peguem, peguem tudo peguem!!!  



    Grita ele desesperadamente atirando o colar e a caixa…


    Ele olha o jeito consternado, confuso das duas com a cena:




     -Saiam, tão esperando o que?! SAIAM, POR ISIS, POR RÁ, SAIAM!!! POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO, NÃO TEMOS TEMPO!!!




    -SAIAM!!!




    Quartz respira fundo, entrega a caixa enquanto guarda a joia na armadura:



    -Qual o seu nome? O que faz aqui? Qual a pressa? O "trono dele" não está perto, essa área está tranquil…  




     -VOCÊS…. ÓH ISIS ILUMINAI ELAS, VOCÊS ARRGGHH NÃO…



    -Darius, MEU NOME É DARIUS, MEU PAI… MALDITO, PERDOAI-NOS LORDE ANPU, MEU PAI FEZ ALGO HORRIVEL…XERXES…. ARGH!!! CHEGA!!! DESCULPE, ME DESCULPEM!!!



    -VOCÊS… NÃO ENTENDEM…




    -SAIAM!!! SAIAM OU ME MATEM!!!





    Adamantia se incomoda com a cena e se afasta em silêncio, Quartz olha para ela então empurra o jovem desesperado para trás…


    -Ooo rapaz, calma, quer sair daqui é só pedir, não precisa disso…


    Adamantia nota ele, nota a mão dele prender ouro e joias e fechar com raiva, esmagando diversas moedas de ouro e explodindo diamantes…



    -Quartz… Quartz…


    Chama atenção mas em vão, Quartz não ouvia, Adamantia chama de novo mas Quartz não parecia ouvir, era como se algo estivesse tapando seus ouvidos… A górgona começa a se desesperar por dentro mas temia ficar igual, o desesperado jovem urra de dor…


     -Saiam, saiam… saiam saiam saiam saiam saiam…




    -SAIAM!!!




    Grita ele, Adamantia nota as colunas racharem e um estranho cosmo começar a emitir do jovem que se enrola chorando incontrolavelmente no chão, suas unhas cravam em sua careca arrancando nacos de carne, expondo pequeninos pedaços sangrentos de seu crânio. Quartz insistia em mandar parar sem resposta, Adamantia não sabia o que fazer sentindo o cosmo agressivo do rapaz crescer e dominar o lugar…




    Mil palavras passam pela mente da górgona quando como um relâmpago irrompe em sua mente;




    "Quartz!!! Se afaste agora!!!


    Grita ela em sua mente, Quartz se assusta e se joga para trás, surpresa, ofegante…


    -Ada? Foi você?



    Pergunta Quartz surpresa, Adamantia responde com um sinal positivo de cabeça, claramente confusa, o sorriso de Lepus era quase visível por baixo da máscara…



    -"Aqueles que pagam a sombra o preço impagável, perdem um pedaço de sua alma e em troca um pedaço da sombra ocupa o lugar", isso em você é isto…




     





    Diz ela quase eufórica quando o jovem soluça mais alto de dor, chorava aos gritos…





     –Tarde demais,TARDE DEMAIS, OH ISIS PROTEJA… ARGH!!! ELAS!!!






    -RÁPIDO ME MATEM ME MATEM!!!!




    Grita ele enquanto com muita dificuldade se levanta, Quartz agora sentia o cosmo tenebro dele assim como Adamantia;




     -ME…. ME… MM…MATEM




    -ME MATEM!!!! ANTES



    -Antes





    -Antes…





    Dizia ele mudando o tom de voz, suas lágrimas param, seu olhar muda, seu cosmo faz as árvores balançarem e os mortos sendo devorados por algumas delas gritarem…




     -Me matem antes




    -... que eu… mate….




    -Vocês!





    Diz ele, seu cosmo explode lançando ambas para trás, no instante que ambas voavam ele agarra Quartz pelo pescoço e bate contra o chão abrindo uma cratera…




    Adamantia voa mais alto batendo contra a árvore onde estava o portal, rapidamente ela se levanta se debatendo desesperada temendo ser absorvida pelo tronco enquanto tenta recuperar o ar…



    -Pedi para saírem, vocês se aproximaram!!!    




    Diz Darius erguendo Quartz no ar e batendo ela violentamente contra o chão, ele ergue ela novamente;




     -Eu dei liberdade, você escolheu joias!!!  




    Diz ele afundando ainda mais a cratera com o corpo de Quartz, ele ergue o corpo dela mais uma vez;



     -Eu pedi para me matarem e voAAAARGGHHH!!!  


    Reclama ele de dor, enquanto sua orelha é rasgada pelo brinco que usava puxado e levado pela corrente, ele deixa Quartz cair, ela levanta rapido mas cambaleante com as mãos nas costelas;



    -E nós vamos.    



    Adamantia assumindo sua pose de luta com as correntes, Quartz também, Darius encara ambas por um instante…



    "seus portais estão funcionando?"    



    Pergunta Adamantia de forma mental, recebendo um sinal positivo de Quartz, ambas discutem rapidamente uma estratégia via telepatia, silêncio que Darius encara com raiva e certeza.



    Nessa hora Darius parte com seu braço jogado para trás para cima delas, Adamantia serpenteia os braços e faz as correntes darem um bote, Darius salta alto desviando, como um raio flamejante ele desce com um soco abrindo outra cratera no chão, Quartz desaparece instantes antes re-aparecendo  ao lado de Darius e acerta um cruzado que faz ele girar…



    "Agora!"  



    Quartz desaparece em um portal.



    Grita Adamantia em mente para Quartz, ela queima seu cosmo, agitando suas correntes, rapidamente elas cruzam o ar atingindo Darius por cima, por baixo, pelos lados, ele se defende erguendo os braços quando outra passa dando rasteira, enquanto isso ocorrem um grande estrondo longe, ambos ignoram, então as correntes fornam riscas no ar ao redor de Darius riscando mais e mais rápido como costuras virando cortes, quando todas param.


    - Há uma tempestade a caminho… Arachne!    


    As riscas partem o ar como se fosse vidro que para o tempo e explode em pedaços grandes e pequenos com a imagem de Darius quando a górgona puxa a corrente, a técnica faz Darius cair no chão com força com diversos cortes em sua roupa e joias, revelando partes de uma armadura por baixo da veste… Adamantia recolhe as correntes.



    -Tsc tsc tsc… Quando a seca chegou, eu fiz chover nas plantações, quando pragas surgiam, eu curava meu povo, vai precisar mais que i…  


    Diz ele se erguendo queimando seu cosmo, mas um bloco partido de obelisco do tamanho de uma carruagem o atinge por cima afundando ele em uma cratera que faz o lugar todo tremer…



     -Desculpe a demora, errei o caminho..  


    Quartz esgotada sentando em cima do bloco…


    -Ooohh  


    Reclama ela quando o bloco gigante começa a se mover, rapidamente ela pula para o lado de Adamantia e ambas observam Darius erguer a pedra como Atlas sustenta a terra…


     -Eu alimentei meu povo, eu… tratei suas chagas…  



    Dizia Darius fazendo esforço, seus olhos emitem um estranho brilho, suas jóias brilham como prata agora… Adamantia cogita atacar mas Lepus impede ela…




      -O faraó era o líder máximo dos templos… mais quando ele queria falar com… os deuses… Era a mim que meu pai procurava!!!




    Nesse momento ele atira a pedra gigantesca contra as duas que some em um largo portal feito por Quartz, que parece ter gasto todas suas energias…





     "aqui, tome!"



    Diz a górgona fazendo um corte em sua mão e encostando no pescoço de Lepus, dando o pouco de cosmo que lhe resta para Quartz absorver que suga quase que de forma instantânea…




    Ambas discutem rapidamente um plano via telepatia, mas o desespero era claro pela forma como ambas observam Darius.




    -Xerxes viu em min um inimigo, e meu pai um homem que não aceitaria um não, os deuses nos deram as costas, e meu pai, o faraó, deu as costas a seu povo!!!    


    Adamantia lança suas correntes.


    Mas ele grita explodindo seu cosmo com tanta intensidade que elas são atiradas de volta a górgona, porém,  antes das correntes chegarem na górgona, Darius já estava lá, o cosmo em sua mão formava uma pata de leão e ele atinge Adamantia com força no estômago, ela é dobrada para frente e lançada como um meteoro contra a árvore onde ela bate fazendo um buraco de onde não cai…



    Quartz girava num salto para o lado sem perceber o que havia acontecido quando abre um portal por onde desaparece, antes que Darius a atingisse com um cruzado giratório.




    "Onde você está Quartz… Quartz responda!!! "



    Perguntava Adamantia via telepatia, mas sem respostas.





    -Desolador não é?    


    Diz Darius, Adamantia estava com sua armadura destruída, ainda presa no buraco na árvore, ferida… abandonada…





    -O faraó abandonou seu povo, seu povo abraçou xerxes e minha rainha, Isis minha deusa, não viu mais salvação, e foi assim serpente, desse jeito… miserável… impotente… um traste que eu me senti!



    Ele queima seu cosmo que brilha como fogo ainda mais, Adamantia sente que ele devia ser tão forte quanto um cavaleiro de prata exemplar agora…




    -Eu só queria o bem, o melhor para meu povo, quando encontrar lorde Anpu do outro lado, diga a ele que mesmo perante a morte, a xerxes e a esse maldito lugar, eu, Darius de Shezmu, filho do traidor e ultimo verdadeiro guerreiro do egito nunca. NUNCA
    Abandonei minha fé!!!    




    Adamantia sente o cosmo dele queimar, ampliar, formar a imagem um grande leão antropomórfico enfurecido e atrás uma grande imagem de Isis, o cosmo de Darius carregava um grande senso de justiça e dever…



    -Desse mundo eu te expurgo! GálaáAAAAAARGGGHH!!!!  



    Ele carrega sua técnica quando Adamantia vê ele se retorcer, com muita dificuldade ela levanta sua cabeça e vê Quartz com máscara erguida agarrada às costas dele o morder profundamente no pescoço, enquanto suas mãos o seguram, cravando fundo suas unhas, quase garras agora, na pele de Darius que se debate,



    Sangue jorra do pescoço e de onde as unhas de Quartz cravaram nele sujando o traje branco que usava…




    Quanto mais ele se debatia mais energia ele perdia, mais palida sua pele ficava até ele claramente perder os movimentos do corpo, Quartz continua agarrada a ele era possível ver por seu pescoço ela beber sangue de forma intensa, até o rosto de Darius começar a ficar seco, seu corpo letárgico…




    Sem cerimônias, Quartz segura ele pelos braços e o atira como uma roupa velha de volta na pilha de ossos e ouro, ele estava vivo ainda, mas seu cosmo era fraco, seus movimentos mostravam que estava tonto…



    Quartz se vira lambendo seus lábios e dentes pingando sangue, arruma sua máscara e rapidamente escala correndo a árvore até alcançar a cratera no tronco onde Adamantia estava presa…




    -Não temos tempo Ada, você confia em mim…?  




     -Como… nunca…




    Sussurra ela fraca demais, Quartz encara por um tempo, parece contemplar a resposta por um tempo. Contente.




    -Isso vai doer, mas é pro seu bem!.



    Diz ela cravando suas garras nos braços da górgona, que sente uma forte descarga de cosmo correr pelo seu corpo, era como se parte de suas energias voltassem… mas junto viessem memórias, algumss poucas não pareciam ser suas. Era como se ela ouvisse a mente de Quartz. Suas serpentes balançam agitadas enquanto Quartz num único movimento a puxa da árvore, ela pousa, desajeitada mas bem… cada osso do seu corpo doía, suas costas a matavam mas estava viva…




    -Ele pode ler nossas mentes agora então, vamos ter que… apimentar as coisas… rápido diga uma  palavra… sem pensar!


    Pergunta Quartz


    -Cidade.  


    Responde ela de súbito, ambas então correm em sincronia para cima de Darius que se levantava, seu cosmo voltava a queimar com força.




    Adamantia joga suas correntes agarrando ele enquanto ambas cruzam um portal, Darius é arrastado e logo elas estão nos corredores apertados, o mofo escondia a cor original das pedras e piso balançava a cada pisada.



    Darius é girado no aperto do corredor e jogado contra as paredes até uma ceder, na bagunça ele escapa das correntes e ainda no chão rola para evitar outro agarrão, Quartz corre para cima no meio da poeira seu chute lança ele contra os móveis velhos mas o segundo chute é parado, ele torce o tornozelo dela a lançando no chão, rapidamente Adamantia arremessa suas correntes como socos e cruzados, que sem dificuldade são bloqueados, desviados, contidos por Darius.



    Ele estendia os braços, distribuía socos, cotoveladas, chutes, as correntes de cassiopeia desciam como chicotes e serpentes de ferro raspando nas paredes e restos de mobília tentando golpear Darius como era possível, e ele defendia e esquivava sem qualquer dificuldade.



    Quando ele perde o equilíbrio com uma rasteira de Quartz. Adamantia consegue agarrar ele novamente e corre empurrando ele com toda força que lhe resta.



    Ambos atravessam outra parede e despencam da construção que parecia o palácio que ambas entraram mais cedo, mas completamente em ruínas na escuridão como tudo ao redor, Adamantia gira Darius no ar jogando ele contra as paredes que passam velozmente, uma, duas, três, ela gira e gira cada vez mais rápido quando o chão começa a se aproximar.



    Outra palavra rapido!!!



    Grita Quartz.




    -Penhasco!


    Responde Adamantia as pressas girando e batendo Darius contra as paredes enquanto todos caiam.



    Quartz grita queimando seu cosmo e abre um portal poucos metros acima da rua, eles, caindo ainda, cruzam em velocidade e logo a paisagem das ruínas urbanas dá lugar a um precipício, no horizonte um largo complexo como castelos unidos em uma grande construção se destacava, relâmpagos iluminavam o lugar mas não havia tempo para apreciar a paisagem.




    Adamantia joga Darius, ainda agarrado, com mais  força contra as paredes do penhasco que passam velozmente, ela gira e joga Darius para baixo batendo Darius contra as paredes de novo, o corpo dele atinge as rochas ficando para trás, apenas pra ser puxado e jogado para baixo de novo contra as paredes, de novo e de novo.




    -Escorregar!!!!      



    Grita a górgona, ela puxa as correntes jogando Darius contra si mesma, ela vira atinge ele com um drop kick de queda livre. Quartz começando a ficar ofegante, mas ainda determinada, abre outro portal por onde todos passam caindo.



    Logo o penhasco da lugar a um desfiladeiro de cascalho, a queda na vertical se torna velocidade na horizontal, ambas passam com muita velocidade pelo portal com Quartz pousando no cascalho, deslizando quase descontrolada, Adamantia pousa em cima de Darius usando ele como prancha, rochas, faíscas e sangue voam ao redor.



    O corpo de Darius se debate contra as rochas enquanto perdem velocidade.




    -Montanha!!!      




    Grita a górgona, Quartz crava suas garras e botas no chão e salta o mais alto que pode, abrindo um portal.



    Ambos passam e novamente a paisagem muda, a temperatura cai violentamente, velocidade horizontal se torna queda vertical, a paisagem vulcânica do cascalho dá lugar a uma grande e íngreme geleira onde os 3 caem, Quartz pousa rolando para um lado enquanto Adamantia aterrisa usando Darius para amortecer a queda rolando pra um dos lados logo em seguida, erguendo uma nuvem de gelo que se mistura com o cascalho que passsou com eles pelo portal.



    A geleira se perdia na escuridão, o brilho da lua dava um ar hipnotizante, nos flocos de gelo que dançavam ao redor, ela queria parar de olhar mas sente que seria errado, ela fica observando a luz do luar e logo começa a erguer sua cabeça…




    -Ah merda, Ada não olhe pra lua, NÃO OLHE PRA LUA!!!   Grita Quartz quase desesperada, Adamantia escuta e volta sua visão para o chão, quando escuta o som de suas correntes, Darius se desprende e quando Adamantia se dá conta, sente suas serpentes serem puxadas e seu braço ser puxado para trás, ela se debate mas em vão, ele era muito mais forte.
    [/color]



    -Contemple! O Trono!  



    Adamantia sente um forte puxão e ela é virada para encarar a lua, sua mente não compreende o que ver até se lembrar que não era um sonho… e infinitas vezes pior do que o mais funesto e macabro pesadelo da prisão…




    Seus olhos, ainda se adaptando ao brilho intenso azulado parecem ser interrogados por sua mente em convulsão que não compreende o que vê, ela não acha palavras no grego ou na língua das servas de Artemis  ou qualquer uma que conheça para descrever algo que parecia torcer sua alma, o gigantesco corpo celeste lunar estava ocupando boa parte do céu, mas parte parecia sofrer, como metal ou carne com degradação do tempo mas aquilo parecia degradação por algo que ela mal cogita imaginar, a lua, a gigantesca rachadura e… e…



    Aquilo…



    Ela começa a se debater e respirar erráticamente, a força com que Darius a segurava era dolorosa, desnorteante, mas ela gira, se debate, tenta arranhar e bater na mão de Darius que segurava sua cabeça… Ela sente as serpentes puxarem sua cabeça para trás e para os lados, era melhor arriscar quebrar seu braço ou o próprio pescoço do que continuar olhando aquilo…



     -Não… me solta… Arghh  A lua não… NÃO ME FAÇA VER!!!    



    Gritava ela quando um forte baque atinge os dois que vão ao chão… Quartz havia derrubado eles…



    Com velocidade ela arranca parte das vestes de Darius, revelando sua armadura, e joga por cima da cabeça da górgona que se enrola no châo cobrindo o rosto ainda em desespero…




    -não, não, não, não, não pode ser, não não não…  


    Repetia ela de forma descontrolada e contínua, Quartz se vira rapidamente chutando Darius na barriga, ela ergue ele pelo pescoço:



     -Seu desgraçado… AAAAAAHHHHA!!!!  



    Seu cosmo queima intensamente dobrando o espaço ao redor…




    -Venator ULTRA!!!!  




    Grita ela batendo Darius com tudo que pode contra a geleira, abrindo uma cratera, o lugar todo treme com rachaduras sendo abertas no impacto que ergue uma nuvem de gelo e escombros, o som trovejante da pancada reverbera pela geleira fazendo uma nuvem explodir no topo, era uma avalanche provocada pelo impacto que avança implacável contra eles, Quartz ofegante, esgotada se levanta e corre apanhando Adamantia nos braços.




    E abre um último portal, que ambas atravessam, voltando a cair na área a frente da árvore onde estava o portal que elas cruzaram para entrar naquele mundo.



    Quartz cai sentada no chão ao lado de Adamantia, arranca o manto da cabeça da górgona e a abraça com força…




     -Calma, calma, isso não existe fora daqui…. Calma, por Athena tire isso de sua mente  



    Repetia ela, a górgona respirava ofegante, suas feridas não doíam tanto quanto a perturbação em sua mente  até parecer começar a se acalmar…



    Adamantia coloca sua mão trêmula no ombro de Quartz e com gentileza a pede para a deixar se levantar, Quartz não discute e cambaleante a górgona se ergue…




    -eu vi… eu vi… oh céus eu não queria…  


    Repete ela de forma sofrida, Quartz se levanta e observa em silêncio…


    -Você… você está errada, não posso, não devo… esquecer daquilo    




    -Não quero que você sofra…  



     -Antes eu do que aqueles que Athena ama, aqueles que você ama, eu vi… eu vi tudo… era como… como olhar os olhos de um deus… não… um deus tem limites… aquilo…  e por….





    Por um instante ignorar a realidade, era,,, era…  




    Era claro que ela procurava por palavras se enrolando na língua complicada das servas de artemis e falando coisas incompreensíveis até Quartz lhe chamar atenção colocando a mão em seu ombro…




    -Foi como… como… olhei aquilo nos olhos se é que eram olhos… foi como… como  ver o desespero de bilhôes de almas, seus gritos, animais, pessoas, deuses, uns com raiva, uns com medo, mas todos em desespero e dor…  



    Quartz respira fundo pensando no que ouvira, não era novidade, mas responder não era algo plausível.



    As mãos da górgona tremem, ela cerra os punhos e abaixa os braços




    -"A louca",  ilumina a sombra refletindo os raios de um sol que não existe.  




    Adamantia, de costas sinaliza negativamente com a mente…




     -Esse sol existe… e vemos ele nascer e se por todos os dias…




    -Céus, quantas perguntas, e não quero nem imaginar as respostas.  




    Ambas ficam em silêncio, Adamantia senta no chão e cruza os braços em silêncio enquanto Quartz se vira e apanha o baú que elas queriam…




    - Aqui está… Vam    




    Dizia ela até o som de uma explosão assustar as duas, explosão essa vinda da direção da pilia se ossos e joias que voam em uma nuvem cintilante…




    A górgona olha de forma estóica e séria enquanto Lepus encara com certo espanto…





    - Mas… De qual inferno espartano você aprendeu isso!?  




    Pergunta Quartz revoltada, Darius estava la, intacto, sua armadura emitia um intenso brilho dourado…



    Seu cosmo queima fazendo as duas se afastarem com passos cautelosos…



    -Eu sou Darius de Shezmu, último grande campeão do egito, e não temerei mal algum.  



    Diz ele, seu cosmo queima de forma  intensa, transmitindo um ar de justiça implacável, parecia até formar uma imagem gigantesca da deusa Ísis ao fundo.



    Ambas encaram ele, Quartz larga o báu na sombra de Adamantia e encara o nobre cavaleiro que as fita com raiva e serenidade…




    O vento sopra, as sombras ao redor fogem na presença dourada desse cosmo soberano enquanto Quartz e Adamantia encaram sem opções



    Caos reina.








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    Última edição por Art08 em Qua Nov 30, 2022 5:51 pm, editado 1 vez(es)
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    MensagemAssunto: Re: Adamantia - Sombra   Adamantia - Sombra Icon_minitimeQua Nov 30, 2022 4:59 pm







    Batalha contra um verdadeiro Herói





    O farfalhar das folhas de uma mata sem animais, nas sombras de uma noite sem vida, um reino sem luz, mas nada ofusca a força daquele olhar…





    -Mas o que raios você quer?      



    Pergunta Quartz, Darius olha o lugar onde estava sentado, e volta a encarar as duas.



     -Na confusão desse buraco eu só queria paz, paz de verdade, paz em vida é passageira. Uma ilusão




    -E agora? Quer o que? Sair? Vamos eu te levo seu maldito.      



    Ele sinaliza de forma negativa.



     -Não, desgraça lá e aqui são iguais, lá só é mais agradável de se ver  


    Adamantia encara tudo aquilo como algo distante, sua mente estava longe enquanto Quartz se irritava mais.



    Quartz se joga em fúria para cima de Darius e come começa a esmurra-lo mas não importa o quanto ela esmurre, Darius mal se mexe apenas observando ela arrancar faiscas da saraivada de golpes que dá até ele empurrar ela para traz com seu cosmo



     -Então que raios você quer seu anormal?      



    Darius crava a mão na pilha de ossos e ouro no chão puxa uma brilhante espada kopesh de bronze.



     -Justiça.  



    Quartz dá um passo para trás, intimidada com o cosmo em chamas de Darius que pula alto clareando a noite permanente da sombra.



     -Através do poder em mim confiado, eu perdoo vossos crimes e erros, e arrepende-se também de teus desvios, pois Anúbis é justo!  



    Diz ele descendo com o kopesh rasgando a máscara de Quartz ao meio, ele gira rapidamente ficando a lâmina na barriga de Quartz, mas ela consegue evitar boa parte da lâmina segurando ela enquanto pula para trás…



     -Por que resiste criatura imunda? Já não trouxe desgraça o bastante? Eu sei o que você fez e a serpente agora também sabe, que seja ela minha jurada!!!  



    Diz ele explodindo seu cosmo que toca o lugar em chamas, que dançam ao redor dos três, o corpo de Quartz começa a pegar fogo mas não era consumido, ela permanecia séria apesar da dor…




    -Enchi meu corpo do seu sangue, perante a seu deus, eu sou justa…        


    Diz Quartz se envergando para frente, sem máscara, ela estava séria, seus olhos encaravam sem medo.



    -Criatura imunda! Até isso corrompe? Você trouxe aquela fera para cá, você deixou ela destruir Memphis pra que vocês entrassem aqui!!! Assuma!!!    



    Quartz fecha os olhos por um instante, as chamas queimam de forma ainda mais intensa…



    -Assumo minha fé e lealdade a Athena, assumo que a sugestão do roubo foi minha, assumo que não consegui convencer quem mandou em  não insistir e assumo que amei aquela mulher.




    Ela respira fundo as faíscas.



    -E Warg, o que ele destruiu? As ruínas com o nome de xerxes sobre os de seus deuses? Quem correu? A realeza largando seus escravos? Xerxes deixou cinzas e medo, nós viemos roubar restos, esse povo já tava morto e abandonado.  





    Darius cerra os dentes tentando cravar fundo o kopesh na barriga de Quartz mas Adamantia atravessa as chamas e segura a mão de Quartz na lamania, ajudando ela a fazer força…




     -Eu sei de tudo agora…      



    Ela encara Darius nos olhos.



    -E isso não muda nada!!!        


    Somando sua  força a deles, Adamantia faz a lâmina ceder e quebrar, Darius perde o equilíbrio ainda surpreso, ela arranca o pedaço da espada da barriga de Quartz e atira no rosto de Darius, que se vira instintivamente, dando as duas instantes preciosos, elas se jogam correndo para trás e começam a correr pulando no portal do círculo de pedra no chão que Quartz gasta cada gota de cosmo para abrir…




    Ambas correm pelo caminho da serpente, Quartz sangrava deixando gotas no caminho, mas a necessidade de correr era maior que a dor de um sangramento desses, e cobertas em desespero ambas saltam pelo portal, e num flash cegante estavam de volta na sala escura no fundo do poço onde chegaram mais cedo.




    As duas saltam caindo rolando logo em seguida, perdidas  na escuridão e no aparente abandono do lugar, o portal se fecha logo em seguida:



     -Saímos?      



    Pergunta Adamantia.



     -Mas não escaparam.  



    Pousando de um pulo ao sair do portal, Darius espanta Adamantia e  cada gota de sangue do rosto de Quartz que fica pálida…



    -Seu desgraçado… seu verme desprezível!!!      



    Grita ela se arrastando para trás no chão, Adamantia se levanta assumindo sua pose de luta, mesmo ciente que era inútil, contra alguém daquele poder, Darius as encara na escuridão, respira fundo…



    -Cheiro de sangue, sal… Quantos morreram? Centenas? Milhares? A chuva lá fora não lava o sangue dessa gente, sangue derramado por causa de vocês!!!  



    Adamantia ergue suas correntes em defesa e se prepara, mas elas foram inúteis, Darius arrebenta elas com sua corrida e desce o braço com tudo na górgona…



    O som da pancada metálica ecoa pelo lugar, seguido do som de metal  rachando e  cacos caindo,




    -E você, o que o sangue imundo derramado de seu pai irá lavar?      



    A górgona abaixa os braços ao ouvir a voz familiar, ela ouvira essa voz no torneio antes…




    -Mizushi?!      



    Dizem as duas mas Quartz mal consegue soltar a voz por causa da dor que aperta…



    Adamantia dá alguns passos para trás batendo as costas na parede, o escudo de Mizushi se despedaçou em mil pedaços pelo chão e o braço da armadura estava rachado, sangue pingava de seu pulso… Preço de ter bloqueado o cruzado que era para a górgona levar.




    Darius dá outro cruzado que explode com a velocidade e altura de um relâmpago nos punhos de Mizushi que empurra o egipcio para trás.



    -Seu pai foi morto e hoje serve ao abismo de hades como faraó.   Ele condenou essa terra, e te condenou.




    -Sem escudo, essa armadura não me é util.
       





    Mizushi fecha os olhos e sua armadura sai de seu corpo se fechando em sua caixa no chão atrás deles, ele fica de calças e botas  mas seu torço fica exposto, Adamantia que se abaixou  para ajudar Quartz nota nas costas dele, a tatuagem de um dragão, sua cabeça era esquelética e ao redor outras criaturas ligadas a mitologia de Equidna e Tifão…





    "Quartz rapido, morde meu braço, só morde!!! "      




    Grita mentalmente a Górgona estendendo o pulso pra ela, Quartz hesita a princípio mas morde logo em seguida, Darius olha para as duas de súbito, já que ouvira a conversa mental.



    Quando Mizuchi percebe o egipcio desviar o foco e desce um cruzado no rosto de Darius que é arremessado para trás.



    -Fuhuhu miserável, conheço você, quase traiu o santuário e recebeu o perdão de sua deusa.    




    Darius limpando o sangue que escorre




    -Por que toda vez que tenho problemas aparece um traidor no meio?        




    Quartz larga o pulso de Adamantia que bate as costas na parede novamente zonza, ela se vira para ajudar mas Adamantia dispensa apenas apontando os dois cavaleiros…





    -Você olha de mais para trás, eu vou te transformar em história se é assim que deseja.  




     
       




    Diz Mizushi de Dragão queimando seu cosmo, seus longos cabelos brancos começam levitar, emanava uma energia perturbada, assim como a luz da lua, havia maldade em sua força mas dava para sentir que ele servia a Athena.




    Darius começa a queimar seu cosmo fazendo frente ao cosmo monstruoso do cavaleiro de dragão, era como ver as imagens de Atena e Ísis frente a frente





    -Eu tinha um reino, eu tinha uma família, eu tinha um povo, mas meu pai tinha um preço!!!





    - Por xerxes ele destruiu tudo, e por Ísis vou destruir todos vocês!!!  
       





    -Seu deus não se importa, eu também não!!!    




    O cosmo dos dois explode rachando as paredes.



     -Galaxia vermillion!!!  




    Dispara Darius era como um gigantesco deus egipicio com cabeça de leão se jogando para frente com um cruzado…




     
    -Rozan Shoryu Ha!!!    
     



    Dispara Mizuchi, era como um dragão feito de água e sangue furioso.



     -AGORA!!!      



    Grita a górgona, Lepus usa o cosmo dado por Adamantia e abre um portal que as duas saltam com tudo que podem, levando báu da carga recuperada e urna com armadura de dragão.



    Ambas caem no meio das ruínas longe do castelo, que Adamantia vê explodir em cosmo pelos ares em milhares de destroços, era como ver uma montanha se esfarelar no ar…



    Ambas são empurradas para trás rolando pelo vento da explosão.





    -Que porra de poder é esse deles?!? Isso é poder de um dourado?  



    Pergunta Quartz protegendo a cabeça como pode.



    -São duas feras dos deuses,  isso já diz… Acho!      



    As construções ao lado desabam na hora enquanto o chão estremece. Uma expessa nuvem de escombros toma conta do lugar enquanto outra em formato de cogumelo sobe até as núvens escuras,,.



    Adamantia então levanta rapidamente, chegando a tropeçar e deixa o báu e a caixa de pandora de Dragão com Quartz.




    -Ada!!! Não!!! Não vai lá!!!  




    Grita Quartz…



     "Eu preciso!!!"      



    Responde a górgona via telepatia.



    Ela não ia longe quando som de troca de socos começa, era como o som de centenas de relapagos explodindo por todos os lados, tão intensos que dispersam a nuvem de escombros.



    A troca franca de golpes lançava turbulência forte o bastante para arrastar Adamantia para trás, mas ela não desiste, jogando seu corpo para frente, mesmo suas serpentes voavam para trás sem poder lutar contra o vento.



    Ela vê Darius voltar com cruzados os chutes, socos e cotoveladas do cavaleiro de dragão que deixavam marcas vermelhas de metal aquecido quando batiam na armadura de Darius tamanha era  a força que atingiam, enquanto seu corpo desprotegido  estava coberto em sangue e cortes, Mizushi tenta chutar mas tem sua perna agarrada e joelho golpeado sendo quase quebrado, ele tenta um cruzado de direita mas Darius bloqueia seu soco e volta três chutes velozes nas costelas .



    Ambos trocam golpes até ambos os cruzados irem de encontro lançando ambos para trás, Misushi estava ferido, ofegante, respirando com dificuldade, não havia um canto em seu corpo, sem cortes enquanto o riso orgulhoso do quase intacto Darius ecoa no lugar.



    Ele sabia que não iria ganhar, Adamantia também não.



    Mizushi e Adamantia trocam o olhar por um instante quando Darius e Mizushi voltam a queimar o cosmo…





    -Pfeh, pode sentir isso? O fim chegando? Justiça será feita!!!




    -Não sinto nada, Apenas orgulho.      




    Darius fecha seus pulsos carregando seu cosmo até o limite assim como Mizushi, ambos assumem suas poses de luta, as imagens de Atena e Isis voltam a surgir frente a frente, e ambos correm com tudo que tem direção um ao outro.




    Assim como resto  das correntes que Adamantia lança em direção a Darius.



     Galaxia Vermillion!!!  


    Grita Darius a plenos pulmões, quando o vulto metalico das correntes cruza sua visão, fazendo ele no susto levar as mãos ao rosto e virar a cabeça



    Mizushi olha fixo para Darius, seus olhos amarelados brilham como fogo na noite mais escura.


    "De meu a Adeus Athena"    



    O corpo do cavaleiro de dragão se cobre todo em sangue.


    -
    Rozan Koryu Ha!!!
       


    Diz mizushi mentalmente para a górgona na mesma hora que diz seu golpe de forma séria,  que queima ainda mais que o limite de seu cosmo.


    Os braços de Darius se mexem para defender mas chegam tarde, o golpe do cavaleiro de dragão afunda no peito do egipcio então Mizushi lança seu golpe para cima criando um dragão feito de sangue.



    A armadura e corpo de Darius em contato com o golpe se desmancha em pedaços que voam com o turbilhão;





     -O que?! Valei-me ÍSISAAAAARGGGGGGGG!!!!!!  




    Grita uma última vez antes de ser envolvido pelo golpe e desaparecer…



     "Adeus. Mizushi de Dragão"      



    Diz a górgona ao cavaleiro de dragão que fecha os olhos e é engolido pelo golpe que explode lançando a górgona rolando para trás.



    Ela para logo a ponto de ver o golpe, formando uma imagem gigantesca de dragão, virar uma nuvem de sangue e no meio dela Misushi estava parado com o braço erguido, era como uma escultura todo feito de sangue..




    Última pose de vitória antes de se desmanchar em uma poça de sangue e evaporar…





    Enquanto isso…



    A luta nas dunas continuava com tensão, Balder, uma montanha humana de armadura negra de besouro era jogado no meio da fétida lama de sangue, metal e corpos com dias de decomposição  e eventualmente areia que era aquele lugar.



    -Desgraçado, você tem algo a ver com isso não é… Diga  



    Balder se erguendo, outros três guerreiros de forma esguia de armadura negra furtiva igual se juntam a ele.



    -A torre central explodiu senhor, há um combate la.



    Dizem eles, Balder serra os dentes.


    - Merda, será que os deuses viraram seus olhos contra nós finalmente!?


    Diz ele assumindo sua pose de luta, quando algo incrivelmente pesado cai a frente dele, a silhueta sombria gigantesca logo se ergue, seu manto esvoaçante não esconde sua aparência como de um grande lobo antropomórfico de aparência demoníaca, que se ergue sem medo, seu corpo era uma montanha de músculos e de seus braços um par de lâminas de um estranho metal pingavam sangue.



    -Aye, seriam eles loucos de te oferecer ajuda contra este?    



    Diz a voz trovejante da fera.



    Balder não perde tempo se jogando pra cima de volta no combate junto com seus 3 soldados restantes



    - Triades! Agora  




    Grita ele, os três disparam em corrida contra a fera e começam a desferir socos, chutes, cruzados, mas o tamanho não impedia ele de desviar, bloquear e atacar de volta cada um deles no meio da tempestade de golpes, socos e cortes.



    Quando um cruzado com a lâmina entra com força mas erra por milímetros a cabeça de um de seus soldados, Balder vê uma chance.



     -Desgraçado!!!! Aaaahhh!!! STAND BY ME!!!  



    Grita ele investindo contra a criatura que gira rapidamente afastando os triades e bloqueando o golpe que faz suas lâminas brilharem ao absorverem a pancada.



    Ambos se encaram por um instante quando outra grande explosão irrompe, dessa vez um grande dragão de sangue surge por instantes no horizonte acima das dunas antes de desaparecer. A fera recolhe suas lâminas e ergue seu nariz ao ar como se fareja-se algo…



    -Grrr… os ventos mudaram…  Nada mais esse lugar tem a me oferecer…



    Diz ele, que sem cerimônia se vira e se afasta andando, Balder olha incredúlo,




    - O que!? Warg seu maldito miseravel, destrói minha cidade, mata meu exército e acha que pode sair assim!? Jamais!!!



    A fera se vira sacando suas lâminas;



     -Pfeh, falas como se pudesse mesmo fazer algo.  



    Diz antes de bater suas lâminas uma na outra e clarear toda a noite por instante ensurdecedor que faz Balder e os tríades se abaixarem protegendo a cabeça do som explosivo que faz seus crânios vibrarem.



    Quando eles abrem os olhos a criatura havia desaparecido, estavam agora sós nas areias forradas de corpos que abutres logo chegam para reclamar…


    Balder parece irritado porém mais desolado com o que vê ao seu redor, quando deixa um murmúrio escapar de seu elmo.



    -Triades, onde foi a explosão?  








    Adamantia se aproxima cambaleante, Quartz já estava em pé, com dificuldade, havia amarrado um pedaço de tecido escondendo seu rosto,




    -Ada…    




    Diz ela, ela queria perguntar se havia acabado mas o olhar da górgona com a máscara já respondia sua pergunta antes de ser feita.


    Lá estavam elas em pé, em meio às ruínas, ao longe abutres se juntavam por trás das dunas, e até uma coruja branca estava empoleirada em uma das ruínas observando a desgraça que a humanidade trouxe para si mesma…



    - E agora?  




    -Vamos, deixa eu só  me recuperar, huh você também não está em condição de me ajudar…  Vamos andando por hora.


    Responde ela de forma humorada apesar da dor aparente.




    -E onde vocês acham que vão  


    Diz Balder, o gigante surge no topo de uma das ruínas, seus olhos estavam envoltos em sombras; sua armadura coberta de rachaduras, lama e sangue seco e novo.


    As duas se olham, então Adamantia assume posição de defesa ao lado de Lepus.



    -Vocês tem mania de aparecer do nada assim ou é só momento mesmo?  


    Os tríades surgem como vultos cercando as duas amazonas, eles queimam cosmo prontos enquanto aguardam uma ordem de seu líder.




    -Como espectro, devo matá-las agora, mas como líder desse… dessa pilha de escombros, eu devo perguntar, o que vocês fazem aqui?  


    Adamantia olha Lepus nos olhos e pela primeira vez nota o quão preocupada ela parecia… A górgona pensa…



    Em sua mente as memórias trazidas pelo cosmo de Quartz começam a se juntar, as coisas que aconteceram ali, como o filho dele havia ficado paranoico na sombra, reagindo a cada coisa que via, e o que isso era pra cada um…



    Ela respira fundo.



    -Amazonas de Athena, missão extra oficial, Quartz de Lepus e Adamantia de Cassiopéia    





    -Estão aceitando górgonas agora? Balder de kepr…. Quem se importa agora, Balder de Besouro mortal, cortem as formalidades e digam logo… Quem morreu aqui?  




     -Seu filho.  



    Balder arregala os olhos então os fecha por um instante, Adamantia continua;




    -Viemos recuperar carga roubada em um cofre no palácio, não sabíamos que o lugar era uma prisão e o preso era o vigia, tentamos negociar, as coisas saíram do controle, a coisas saíram do controle, pegamos o que precisávamos e fugimos, ele nos seguiu e atacou, um aliado nosso interveio e se sacrificou para matá-lo.




    Balder leva as mãos ao elmo e o arranca atirando-o no chão.



    Balder e todos ficam em silêncio enquanto o espectro se vira olhando para baixo com as mãos na cintura.





    -O que esse ataque… contra minha cidade… tem… tem a ver com tudo isso.


    Adamantia pensa bem no que falar, Quartz olha tensa para a górgona.


     -Não sabemos, aparentemente uma distração pra desviar toda a segurança, mas é óbvio que alguém tirou proveito disso tudo pra causar essa morte toda.



    Balder olha as duas longamente, seus cabelos longos ao vento chamam atenção, algo raro entre egípcios… Ele estava sem chão…




    - Foi ele quem avisou vocês, avisou e armou tudo isso.




    -Ele era um bom garoto, uma pena que se tornou… isso  




    As duas ficam em silêncio, Balder começa a respirar fundo, era como se o ar lhe começasse a faltar…




    - Nào lamento o que fizeram…  mas lamento que tenha sido necessário.






    Ele tira as ombreiras da armadura e as joga no chão…




    -Triades, deixem elas  



    Os três cavaleiros se entreolham.



    - Por acaso eu gaguejei!?  



    Reclama eles, que sem protestar abaixam a cabeça e se afastam…



    - Xerxes largou as províncias no caos, vendi minha alma a Hades por ele,  não vou sacrificar meu povo por uma briga que ele começou…




    -Posso sentir o hálito de Ammit pronta pra devorar minha alma,  antes isso do que ver o sorriso daquele desgraçado novamente.



    .-Desapareçam daqui, vocês duas… fora!!!





    As duas se entreolham e se colocam para andar o mais rápido possível, sem olhar para trás. Balder olha suas mãos e o sangue parece ter fugido delas, elas estão pálidas, tremem enquanto ele fecha o punho.




    -Triades, protejam essa terra contra o que a aflige e nunca permitam que Xerxes ou hades pisem aqui… FUI CLARO, essa é uma ordem!!!




    -...




    Ele cai de joelhos, os Triades se aproximam mas ele pede que se afastem.





    -Não hades, não lhe sirvo mais.  Seu maldito.  



    Diz ele antes de cair se desfazendo em pó,




    As ruínas ficam silêncio, tão quietas que era possível ouvir o lamento de gente enterrada sob elas, mas não havia tempo a perder, Quartz e Adamantia fogem carregando o que precisavam e desaparecem através de um portal, Memphis, os escombros, as aves e as moscas enchendo suas barrigas com a carne daqueles que morreram por um homem ficam para trás.









    Leva um tempo mas logos as duas saem no santuário, Adamantia carregava a armadura de dragão enquanto Lepus, olhando pra traz se certificando que o portal fechou e ninguém as ouvia, carregava o báu com a carga…



    -Por que você mentiu pra ele…    




    Sussurra Quartz, Adamantia apenas respira fundo, estava séria, Quartz insiste de novo na pergunta.



     "Imagina se o homem que vendeu sua alma a hades e seu povo a xérxes descobre que a fera que destruiu sua capital foi mandada por um armeiro do santuário? Como distração e a criatura simplesmente saiu do controle!?


    Você não está fora de culpa mas ao contrario dele você tentou parar isso de acontecer"  





    Responde ela mentalmente, Quartz olha o horizonte escuro coçando a cabeça…




    "Paz comprada com uma mentira…"  




    " Mas paz"  



    Quartz coça os olhos… ela estava trêmula…



     "Ele estava certo não era? Paz em vida é passageira, uma ilusão…"  




    "Uma ilusão que vai manter todos vivos por mais um dia"  



    As duas seguem quietas, rumavam para um casebre nas sombras da noite, Quartz levanta a mão para bater na porta mas ela se abre, um lemuriano as atende, Adamantia reconhece ele pelas memórias de Quartz, era Ariston. A górgona fecha os punhos e se contém



    -Vamos, rápido, rápido.



    Diz ele pegando a caixa das mãos de Quartz, ele não demora a abrir puxando um pesado saco e se enfiando com ele em sua oficina  trancando a porta.



    -Isso mesmo, eram as partes que faltavam, tem comida ali pronta se quiserem, comam pois isso vai demorar um pouco


    Diz ele Quartz só agradece mas dispensa sentando num canto para tratar de seus ferimentos, Adamantia fica andando de um lado para o outro, por 2 horas e meia ela fica assim até Ariston após infinitas marteladas e som de metal sendo esfriado abre a porta para chamar elas…



    -Está pronta, completa  e viva!!!



    Diz ele, eufórico Quartz entra com certa pressa para observar, era a armadura  de Lince.



    Um silêncio solene irrompe no lugar quando elas escutam a armadura ressoar, ela emitia um ar de tristeza e raiva, Adamantia não conhecia pessoalmente mas sabe quem ela era, quem a usava…



     -Como você acha que Aella… esse era o nome dela, ficaria ao saber o tanto de gente que morreu por sua causa hoje?  


    Quartz se aproxima da armadura, a olhava fixamente com olhos marejados, Ariston apenas abaixa a cabeça em negação ao ouvir aquilo.




    -Não ficaria igual, não teria as memórias, a mesma alma!,


    Quartz estava quieta, Adamantia se vira rapidamente para cima de Ariston o erguendo pelo pescoço contra a parede.



     -Por que todo problema grave que me aparece é um maldito lemuriano!!!  




    Ada, não, isso não vai trazer ninguém de volta…    


    Adamantia olha para armadura de Lince e sinaliza pra Quartz.




    -Não vai trazer ninguém.    



    Quartz olha a armadura e se afasta, Ariston arregala os olhos e se debate.



    -Você, vocês não entendem!!! Ninguém faria se não fosse eu!!! Eu não deixaria aqueles desgraçados em paz, não depois do que fizeram, é isso que precisamos, se eles matam um dos nossos eles vão pagar, cada um deles, entendem!? Diga entendem!?



    Adamantia fecha o outro punho.




     -Não, ninguém em sã consciência entende como você.  



    Diz ela atravessando o peito do lemuriano com um soco e o jogando no chão logo em seguida, uma poça de sangue começa a se formar.



    Ele engasga em sangue enquanto olha para cima, ele via Adamantia, Quartz e a armadura de lince quase como se Aella estivesse lá o encarando.



    -Ela te espera, pense bem na sua desculpa.  




    Diz ela.



    Ariston não demora agonizando, morrendo ali no chão perante elas.




    A armadura de Lince, agora com ar mais tranquilo maa ainda furioso e de Dragão são devolvidas ao depósito do santuário, Adamantia havia pensado em deixar a dela lá também mas após tudo que aconteceu ela só decide  desistir da ideia, por hora…


    Quartz e ela trocam contatos, se tornaram amigas apesar da desconfiança de Adamantia em todos, o sol, com um mórbido tom vermelho erguendo-se entre nuvens carregadas surgia no horizonte, a missão estava concluída.









    Aftermath






     

     




    Chegava a manhã em Mephis, repleta de corpos, ruínas e carniceiros caminhando onde antes havia uma grande civilização…




    O silêncio reinava, não havia mais pedidos de socorro, lagrimas, uma coruja voa observando tudo parando nos ombros de uma estátua grande de Sekhmet… Ela olha o lugar com seus olhos negros então se volta para baixo por um instante antes de encarar o só que tingia tudo como sangue entre as nuvens.



    Embaixo ali estava a escrava que havia torcido o pé, pega de surpresa pela luta e desmoronamento, agoniza, ao menos suas pernas não doiam mais…



    Quando ela estende sua mão tocando a base da estátua da deusa leonina que ainda resistia em pé.



    "Sachmis, aquela qud traz a destruição e também traz a cura, sei que nada mais posso, mas por favor, eu uma escrava lhe imploro…




    Livrai meu povo dessa ruina"




    Reza ela em mente como fizera a noite toda, até uma estranha sensação correr por seu corpo.



    Ela sente um arrepio energizar sua carne, seus ossos; seu corpo.




    "A fraqueza da misericórdia finalmente cobrou seu preço.



    Quem és para pedir minha ajuda, se nada aqui há para salvar"  





    A escrava se assusta



    -Eu…e…eu… não tenho nome… senhora…



    Exclama desesperada a escrava. Até sentir novamente essa sensação;


    "Não precisa mentir Anouke, eu sei o que precisa ser feito, as mãos que se banharam no sangue daquele que se julga deus-rei já foram escolhidas."



    A escrava fecha os olhos deixando lágrimas escaparem.



    -Perdão, perdão não quis perturbá-la…



    Começa ela implorar até sentir um choaue correr por seu corpo.



    "Pra você tenho outro dever, mas você precisará de paciência".





    Uma dor excruciante toma conta do corpo da escrava



    "Escolho a ti para ter meu poder, não há nada que deseje que eu não possa querer."



    O lugar todo estremece, a coruja saiu voando e os escombros  explodem, da pilha surge a escrava em pé, estava mais alta, seu corpo estava curado, ao invés de anêmica agora estava em forma, sua cabeça antes careca era coberta por uma longa cabeleira tom de areia, ela começa a ser envolvida por uma estranha neblina que a cobre de metal dourado.




    Os triades surgem olhando aquilo com interesse.



    Ela se vira encarando com olhos dourados eles que se aproximam e de pronto abaixam a cabeça em reverência.


    -Aguardamos suas ordens, Grande Sekhem!



    Dizem eles, os animais, ladrões, pestes fogem em desespero mas logo todos caem mortos em pilhas de sangue.



     -Primeiro limpar esse lugar, depois vocês terão o que fazer.



    Diz ela, logo o lugar todo treme e as ruínas se erguem, Memphis toda é envolta em uma densa neblina enquanto altas silhuetas de construções se erguem…






    Memphis se reergue com sol que volta a iluminar, mas muita luz seria necessária para clarear o mistério que iria pairar pelos próximos dias, meses, séculos.



    A fúria divina estava entre eles.




    Fin.



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