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     Aella - Esperança

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    Art08

    Art08


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    MensagemAssunto: Aella - Esperança   Aella - Esperança Icon_minitimeQua Jan 05, 2022 4:39 pm

    Parte 1 - Desejo




    In Persona, As únicas palavras escritas na mensagem entregue pelo falcão, isso era um recado claro que poucos deviam ser os olhos ou ouvidos a tomarem conhecimento dos detalhes dessa missão...



    Seu corpo ainda estava dolorido mas nada mais do que o calejamento ganho do ultimo combate, não impede Aella de se apresentar ao mandante da missão.



    Poucas pessoas mantinham o santuário, e a casa de Leão estava mais solitária do que o de costume quando Aella chegou para tomar conhecimento da missão;



    -Extra omni - Diz Skarion ao ver Aella entrar



    Qualquer soldado ou servente se retira imediatamente como se o lugar estivesse pegando fogo deixando ambos a sós.



    -Como deve saber, a armadura de Hydrus, constelação hidra macho, foi roubada dias atrás, a parte mais difícil, encontra-la já foi feita... Recupera-la será outra historia...




    Aella de joelhos apenas ergue a cabeça.



    -Ela está com Leônidas, lider do vilarejo Abidos ao leste próximo aos limites da fronteira, não se engane pela idade desse parvo, ele já usou essa armadura antes de abandonar o santuário, e hoje ainda é um guerreiro formidável.



    -Na melhor hipótese você encontrara apenas alguns vigias, mas esteja preparada, ele tem nutrido ódio contra não só a Athena mas qualquer divindade para seu povo, e seus seguidores podem fazer de tudo para protege-lo...



    Skarion se inclina para frente...



    -Não poupe ninguém que entrar em seu caminho, traidores não merecem chance nem lugar nesse mundo, fui claro? Ótimo, vá, e não volte sem um bom resultado..




    Aella não pergunta mais nada, apenas se retira, pega um manto escuro  e toma rumo, a noite começava a chegar, assim como céu, seus pensamentos ainda estavam nublados, isso normalmente seria missão para uma equipe  mais nova, algo simples, pra alguém nesse ramo ao menos, mas apenas dúvidas, nada que prejudique...



    Não era uma missão de conhecimento comum mas o lugar onde ela ocorria sim, talvez, Ariston tenha alguma informação que possa ajudar, pensa ela, mas acaba encontrando apenas armaduras mortas e abandonadas vigiadas, por alguns guardas e sussurros entre os cantos, Ariston estava fora em missão, andar em vão não era do feito dela mas algo diz a ela para tentar ir atrás de Lepus, amazona com qual ainda mantinha algum contato fora os companheiros de sempre, qualquer coisa que ela disser pode ajudar pensa a guerreira, e não demora até achar a casa isolada dela após sair perguntado a guardas, Aella se aproxima da porta com calma, mas os orgasmos abafados e solitários escapando pela madeira impedem sua mão de bater na porta, isso logo diz que talvez Lepus não possa atender, o desejo a mantinha ocupada.



    Aella apenas balança a cabeça negativamente e sai voando, irritada, mas não surpresa, a vida dos outros não existia para tornar a dela menos complicada, nada mais que o obvio, não importa, engole ela.



    É uma rota em silêncio, frio e garoa na noite que chegava, quando ao notar a vila no horizonte, Aella decide seguir a pé, sua capa não era para chuva, mas para atrais menos olhares com o brilho da armadura.



    A vila se erguia atrás de muralhas em uma clareira, aos pés de uma montanha. a frente do portão de entrada estavam gaiolas com cinco corpos carbonizados dois pareciam mais danificados que os outros pelo tamanho, o tronco havia desaparecido, enquanto corvos aguardavam nas arvores para pegar mais alguns pedaços, um dos vigias nota Aella, e sinaliza balançando o braço, não eram hostis, mas Aella não demonstra acreditar ao se aproxima do portão aberto.




    -Amazona do santuário de athena não é? Pfhe, Entre, o arcon Leonidas a espera.



    Diz ele enquanto guardas armados se aproximam, a amazona dá um passo para frente, mesmo vendo que eles não queriam conflito;



    -Grata pela recepção mas não preciso de vigias



    -Huh apenas siga eles.



    Diz o guarda da vila se virando para a floresta, enquanto Aella encara os corpos uma ultima vez antes de seguir, ali parecia um campo de soldados, com forjas aquecidas com a fumaça se misturando a neblina e chuva, marteladas em bigornas se misturando  ao som de espadas sendo afiadas, homens rindo e conversando enquanto carregam carne e animais em uma cacofonia de um fim de tarde bucólico, até uma construção alta, talhada na montanha, diversas janelas e passarelas de madeira, pessoas entravam e saiam, passos misturados a uma música abafada, as portas são abertas para Aella e os guarda passarem...



    No local uma festa,  a celebração alegre de um casamento, a luz de tochas, mulheres e rapazes dançando, crianças e velhos olhando com sorrisos ao povo dançando ao som dos tambores, o cheiro de comida preenchia o lugar, finalmente algum lugar que a guerra parece distante.



    A amazona olha discreta com o canto dos olhos escondidos atrás da mascara, enquanto segue através da multidão, um bebê nos braços de uma mãe animada lhe joga um inocente sorriso, enquanto outras pessoas conversam, oferecem comida, era dia de celebração, e o exercito lá fora trabalhava fielmente enquanto os civis festejavam, isso continua até os corredores, e mais corredores, lances de escadas, até outra porta grande, que se abre revelando uma grande sala, no fundo próximo a largas janelas, um grande trono, e nele estava Leônidas, o gigante Arcon de Abidos, estava sentado a direita da caixa de pandora de Hydrus



    -Ora, ora, finalmente o santuário mandou alguém capaz de bater a porta.



    -E teve outros antes?- Pergunta a amazona.



    -Sim, dois jovens, um cavaleiro e uma amazona que tentaram roubar a armadura, infelizmente não soube a tempo e ambos foram mortos, a amazona que estava com eles, coitada, violentada até a morte, os cinco corpos que viu queimados na entrada são dos imprestáveis que fizeram isso, não aceito que meus soldados nem ninguém dessa vila faça uma barbaridade dessas.




    Aella apenas respira fundo e parece pensar bem no que vai falar, sair dali sem uma luta era preferível, mas iria ele cooperar?



    -Eu... Vim reclamar as armaduras, de Hydrus e dos dois cavaleiros que estiveram aqui antes, é um dia de festa nesse lugar, e eu não quero que violência estrague isso.




    Leônidas se inclina para frente no trono;



    -Entendo, não só agradeço sua paciência como também seu respeito por minha vila, poderá leva-las em paz se quiser, mas há algo que devo pedir em troca.



    -Vá até Athenas, e diga para aqueles crápulas, que Abidos não faz mais parte da Grécia, quando mais cedo atenderem meu desejo, mais rápido poderá levar suas armaduras.



    -Essa é uma ordem um pouco complicada não? - Diz  a amazona.



    O Gigante Leônidas, se levanta com sua capa esvoaçante e caminha até a amazona.



    -Seu santuário e todos os outros ao nossos redor compram guerras desnecessárias e minha vila sempre queima por causa do desejo por guerra de vocês, seus deuses são tão perigosos quanto, Athena mesmo, divindade pela qual lutei e matei, nunca se importou quando eu queimei lugares, deusa da sabedoria mas também das estratégias de guerra, como esperam que essa vadia traga paz?



    A Amazona cruza os braços, enquanto Leônidas se vira para um canto com algumas mulheres e 3 crianças;



    -E a gota d'agua foi quando minha primeira esposa adoeceu, e o santuário não me deu tempo ou recursos para leva-la a outra cidade, "Athena precisa de você!!!".... Diziam eles, mas onde estava ela quando minha esposa, mãe daquelas crianças precisou? Onde eu estava?!? Em uma maldita batalha enquanto ela agonizava!!!- Grita furioso



    A amazona respira fundo de novo, mas logo fala;



    -Olha, lamento muito por tudo, mas isso está além do que posso fazer e me envolver, por favor, entregue as armaduras e ninguém sairá ferido.



    -Ferido? - Diz o gigante ensaiando um sorriso - És também humorista? Ninguém saira ferido a não ser que tente algo muito estúpido.



    Diz ele se dirigindo ao trono enquanto a amazona começa, a passos furiosos. seguir até armadura.



    -Experimente me parar -
    Diz ela



    Leônidas gira a tempo de ver o braço da amazona se esticando, e responde lançando ela para traz com um chute na barriga.



    -Saía garota, saía agora, e nenhum deles encostara um dedo em você.



    -Você quem pediu -
    Diz a amazona assumindo sua pose de combate



    O gigante ri fazendo sinal negativo com a cabeça, então dá uma forte pisada no chão.



    TUUUMMMMM



    A sala e a montanha toda tremem e a amazona perde o equilíbrio, enquanto como um relâmpago o gigante corre até ela, e dobra a amazona ao meio com uma canelada na barriga. ela sai rolando até bater na grossa coluna de uma das janelas...



    Quando ela se recompõe, a sombra de Leônidas já a encobria;



    -Se sobreviver, diga a eles para mandarem um exército - Diz ele



    Rachando a coluna de pedra ao bater a cabeça da amazona nela;



    -Se não.. Sinto muito - Diz ele segurando a cabeça de Aella, enquanto relâmpagos brancos surgem em seu outro braço.



    -PUNHO DE HÉRCULES!!! - Grita ele



    BOOOOOMMMMMM



    O Golpe atinge a amazona em cheio arrebentando o abdômen da armadura, fazendo a guerreira arrebentar a coluna de pedra e sair voando do recinto.



    Seu corpo cruza os céus da vila junto com pedaços de pedra, enquanto Aella vê o mundo girar,



    O corpo de Aella dói enquanto sangue e vomito parecem chegar a sua garganta quando o mundo que girava, começa a escurecer, a dor excruciante começa a sumir, e nas sombras que começam a envolver...



    Surge a imagem de uma mulher de branco na escuridão... Nas mãos dela correntes de ouro pesadas, presas a uma fera gigantesca atrás que ela conhecia bem...



    O corpo inerte da amazona voa sem vida por cima da vila e das árvores até arrebentar diversos galhos e com um forte barulho acerta o chão enlameado da floresta, ela quica algumas vezes antes de parar, inconsciente, sangrando, desacordada.



    Quando o eco distante de uma suave voz feminina se mistura as gotas da chuva, então some.



    Seu corpo sofre um rápido espasmo, então ela desperta, assustada, puxando ar como se fosse a primeira vez que respirasse, ela rola lentamente no chão com dificuldade, se coloca de bruços levanta parte da mascara e tosse violentamente;



    -BLEAAARRRRGGGHH!!!! - Vomita ela, comida semi digerida e sangue misturados em uma sopa rubra repugnante



    Depois de tossir e cuspir os restos de sangue na boca, ela ajusta a mascara, se levanta se apoiando nas arvores com o braço esquerdo balançando....



    -Ahm argh... droga, onde.... merda... -
    Diz ela ainda confusa



    Ela se apoia em uma arvore, com dificuldade solta a ombreira esquerda da armadura, e hesitante, bate o ombro deslocado contra uma árvore, seu grito contido pelos dentes, ressona com um trovão.



    Seu corpo dói, seja por causa da queda violenta ou do golpe, seu ombro dói mas está no lugar, sua armadura está rachada, ela respira ofegante enquanto nota pedaços da armadora encravados em cortes em seu abdômen, os 3 pedaços maiores que ela morde a língua ao arrancar um por um saem, os menores terão de esperar.



    -Argh, ah, desgraçado - Diz ela se virando para a vila...



    -Sou uma amazona de Athena, não preciso de um exercito -
    Diz a guerreira cambaleante



    Se colocando em rumo a vila, tochas para iluminar a escuridão eram acesas, a noite caia, e Aella, mancando mas com passos determinados, se aproximava.



    Aella - Esperança 21f8ce3117169514feb4bc1e86038a02





    Última edição por Art08 em Qua Jan 05, 2022 5:56 pm, editado 1 vez(es)
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    MensagemAssunto: Re: Aella - Esperança   Aella - Esperança Icon_minitimeQua Jan 05, 2022 4:49 pm

    Parte 2 - Som e Fúria




    Aella caminha,  em silêncio enquanto a chuva começa a apertar, entrar escondida não era uma opção, se já tentaram roubar ela antes, então a vigilância daria em combate direto de qualquer forma, hora de agir como seu povo agia, hora da fera mordedora de escudos,



    um dos guardas acendia tochas para a noite...



    -A vadia voltou!!! - Grita ele



    Homens armados com arcos e flechas correm se preparando e logo disparam, Aella se joga para um canto e começa a correr, desviando para a direita, esquerda, outro passo para a direita, quando sua bota escorrega, flechas voam em sua direção e atingem em cheio a lama após a amazona saltar no ultimo segundo...



    Soldados armados com escudos e espadas, surgem correndo pela porta da vila, e saltam para cima da amazona brandindo suas espadas...



    O primeiro tenta descer com um corte mas tem sua lamina desviada por um cruzado enquanto Aella gira para evitar a ponta de outra espada fazendo ela bater contra o escudo do primeiro soldado, enquanto a guerreira acerta a cara do segundo soldado com um soco de costas de mão...



    A cacofonia de passadas e metal aumenta começando pela pancada de uma espada atingindo o topo do elmo da armadura, Aella tenta responder os golpes de espadas com cruzados com garras na cara dos soldados enquanto ela dança entre os cortes, deitando seu corpo para esquivar de um lado para outro...



    Quando um escudo lhe acerta na cara, e uma espada passa fazendo um corte de lado em seu tronco, ela range os dentes e puxa o soldado pelo escudo e arranca  dentes dele com um direto no meio da cara, enquanto outro parte para corta-la novamente, e cai com uma rasteira, mas antes que ele se levante Aella o agarra pelas pernas e o gira no ar;




    -Venator, Ultraaaaaaa!!! - Grita ela girando o soldado e arremessando ele



    Ele atinge com força outros dois lançando eles para tráz enquanto se transforma em uma nuvem de sangue. carne, metal e couro.



    -GYAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!!! - Gritam os outros enfurecidos.



    Mais soldados surgem transformando o campo de entrada em uma massa de guerra, os últimos saem da construção talhada na montanha, fechando a massiva porta do lugar logo atrás.



    Eles partem para cima com mais raiva ainda da amazona, espadas ressonam ao atingir a amazona com força, alguns só fazem som enquanto outras laminas saciam um pouco da cede com o sangue da amazona, enquanto a guerreira retorna os cortes e pancadas com cruzados e chutes...



    Um soldado grande portando um martelo abre uma cratera ao tentar acertar a amazona que desvia pulando para o lado, entrando na rota de uma lança que a trespassa no tronco pelo lado



    -GRRRRRRRRRRRRRRAAAAAARRGGHHH - Rosna ela



    A lança ergue ela e a leva até uma parede de madeira, onde a ponta que saia pelas costas de Aella fica presa, num impulso ela quebra o cabo a sua frente com um soco, e  arranca a mandibula do soldado que a atacou com outro.



    Nesse momento ela empurra o resto do cabo da lança que ainda estava nela para que ela saísse por suas costas, enquanto ela range os dentes de dor, a amazona apanha um escudo caído e coloca no caminho do martelo que tenta a acertar de novo.



    O Soldado com o martelo, gira, bate, gira de novo, bate, bate com a ponta do martelo, com o cabo, enquanto a amazona que sangrava profusamente era empurrada até a parede novamente...



    Ela arranca a ponta lança que a havia trespassado e ainda estava presa na madeira da parede, e enquanto desvia o pesado martelo para o lado com o escudo ela crava a lança no pescoço do soldado, que revida com socos e chutes, enquanto Aella retorna os golpes com cruzados na barriga até o gigante cair...



    E logo ele cai, ela também perde o equilíbrio quando uma flecha lhe atinge no joelho, sem opção ela rola no chão, arrancando  a flecha deixando um pedaço de carne pendurada pra fora e crava na barriga de um soldado ao lado que a tentava acerta com a espada...



    Leva mais alguns socos desferidos e cortes abertos até a guerreira consegui dobrar um dos soldados, e pisar na cabeça dele para pegar impulso com sua perna boa ainda, pulando para cima da muralha, os arqueiros começam a disparar a vontade agora enquanto Aella agarra um soldado e coloca ele no caminho das setas...


    Três a atingem em cheio, duas na lateral do tronco e uma no ombro, enquanto ela puxa a espada do arqueiro rendido e a joga no arqueiro a frente, ele desvia com o ombro, mas isso da tempo a guerreira para dar um salto e arrancar a testa do soldado com as garras da armadura.



    Exposta agora, ela se joga para fora da vila, os arqueiros correm pela passarela do muro, mas param ao ver um deles ser levado pela amazona que passa voando com  suas asas aberta e agarrando um soldado ao cravar os dedos nos olhos dele usando a cabeça dele de alça.



    Isso não intimida os soldados que correm até a guerreira que recolhe suas asas, e joga o soldado cego que gritava neles, ela manca até a forja que ficava atrás de paredes de pedra, isso a deixa longe da mira dos arcos, evitando dois golpes de espada no caminho mas levando um terceiro no braço, ela não perde tempo em agarrar o soldado que fizera o corte pelo cabelo, e afunda a cara dele no fogo da forja, fechando a pesada porta do forno no pescoço do mesmo....



    Para logo em seguida pisar na porta para pegar impulso e girar em um chute giratório em um soldado que se aproximava.



    A massa negra humana de soldados que havia começa a ficar menos densa enquanto Aella desvia, pula, soca, apanha, cai, leva cortes de espadas, levanta e continua...


    Outro martelo surge do meio da confusão e a atinge na cabeça fazendo ela cabalear, permitindo que outro soldado atravesse sua barriga de raspão com uma espada;



    -GRRRRRRAAAAAAAAAAAAAARRRRRGGGHHHHH!!!! - Grita ela



    Aella segura a espada pelo cabo enquanto afunda a cara do soldado que a girava em sua barriga com uma cotovelada,



    Aella então com outro grito puxa a espada para fora, e esparrama os intestinos do soldado com martelo pelo chão ao fazer um corte na barriga dele  com a lâmina, o mesmo deixa o martelo cair que é pego pela amazona que o gira e afunda o peito do soldado restante próximo, então sem jeito ela corre e bate nas pilastras da passarela do muro de madeira, derrubando os arqueiros no chão.



    Ela se apoia no martelo, e logo levanta girando ele, fazendo a arma afundar a pelvis do arqueiro mais próximo...



    o Seguinte não perde tempo em acertar uma flecha no ombro da guerreira que revida arremessando o martelo que crava no chão através das costelas do arqueiro...



    Ela cai pela força do movimento, mas logo se levanta se apoiando no muro, olhando para os lados, se eles pudessem ver seus olhos arregalados por traz da mascara ensanguentada agora...



    Um arqueiro ainda resistia, mas ele lança o arco ao chão começa a correr, com seus olhos assustados, saindo da vila aos tropeços...



    A amazona não perde tempo e apanha um dos arcos do chão e arranca uma flecha que estava cravada em sua perna, salta levantando voo com as asas. e com elas abertas dispara o arco e atravessa a cabeça do arqueiro fujão com uma seta, ele cai morto enquanto ela cai esgotada, ferida, cortada, coberta em sangue, dela e dos outros na poça de carne, sangue, lama e corpos que se tornara o pátio de entrada da vila...



    Ela havia caído de braços abertos de barriga para cima, mas ao invés de se levantar rápido ela fica deitada alguns segundos sentindo a chuva bater na mascara enquanto ela, ofegante, olha ao redor.



    Estavam de fato mortos...



    Não foi tão difícil quanto ela esperava, mas os erros lhe cobraram sangue e nacos de carne de seu corpo.



    -AHrrrrrrg, ah.... droga.... merda - Reclama ela cambaleante se levantando com muita dificuldade, arrancando as três flechas restantes que ainda estavam presas ao seu corpo....



    E se apoiando em uma lança ela se arrasta até a entrada da construção talhada na montanha, a chuva batia forte na madeira, e o vento ameaçava apagar as tochas protegidas quando ela chega finalmente a massiva porta de madeira...



    Ela joga a lança no chão, não quer que outros soldados a vejam mancando, por quase impossível que isso seja de esconder, ela então fica parada imóvel quando ela abre a porta da construção....



    Idosos, mulheres e crianças assustados encaram a amazona coberta em sangue, lama, cortes, partes quebradas da armadura de volta, mães mandam seus filhos correrem para dentro, enquanto espadas tremulas são erguidas por idosos que se levantam de mesas com comida...



    A voz de Skarion ecoa, distante na mente de Aella, quando ela antes hesitante encara a todos, sons de pesadas correntes caindo surgem em seus ouvidos após um eco distante de um cadeado sendo aberto, o choro de uma jovem, a mesma voz que ecoara em sua cabeça antes, surge mas logo se perde no som da chuva.



    -Moorrrraaaaaaaaaa!!!! - Grita uma mulher com uma faca enquanto levanta o vestido para correr




    Aella não parece notar ela vindo até a mulher se aproximar e a amazona, rapidamente, desvia  para um lado enquanto arranca o rosto e os ossos da face da jovem com um cruzado com as garras.



    O corpo da jovem cai morto, todos fazem silêncio, enquanto uns parecem tentar segurar espadas com mais força, mas a tremedeira da mão mostra que seria difícil.



    Um jovem rapaz enfurecido corre com uma pá erguida só para errar o golpe e cair sem fôlego após um chute da amazona na barriga.



    A Amazona encara as mulheres que puxavam seus filhos para dentro de suas casas, enquanto um garotinho a encaravam com olhos arregalados, um idoso o puxa para longe enquanto outros tomam a frente, junto com músicos magros e gordos com suas roupas coloridas e instrumentos posicionados como armas...




    Por traz da mascara, Aella fecha os olhos enquanto respira fundo, então, fecha seus punhos encarando a todos, um forte relâmpago irrompe.



    -Maldição, é assim que vocês querem?!? - Rosna ela



    Era o arauto do que estava por vir.


    Última edição por Art08 em Qua Jan 05, 2022 6:06 pm, editado 1 vez(es)
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    MensagemAssunto: Re: Aella - Esperança   Aella - Esperança Icon_minitimeQua Jan 05, 2022 5:47 pm

    Parte 3 - Lagrimas



    Leonidas estava sentado em seu trono, o barulho ensurdecedor da chuva não tirava a atenção de seu rosto que encarava a porta fechada de sua sala...



    -NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO, EU IMPLORO POR FAVOR, NÃOOOOOOO, AAAAAAAAAAAAAAAAARRRRGHHGG - Grita uma jovem



    -AAAAAAAAAARRRGHHHHHHHH - Grita outra voz, a plenos pulmões.....



    -MÃE!!! MÃE!!! RESPONDE, FALA COMIGO!!! MÃE, MÃE, RESAAAAA  AAAAA ME LARGA  AAAARRRRRRRRGHHHHHH!!!!!!!!! - uma jovem voz em desespero sendo silenciada



    Os gritos iam se somando aos de muitos em agonia enquanto outros eram silenciados, gritos de mulheres, idosos, rapazes, crianças, choros de bebês que paravam de súbito, acompanhados de portas batendo ou sendo arrebentadas, gente correndo, porcelana sendo destruída, gritos que parecem se espalhar pelos corredores ou se distanciar na floresta, mesmo esses também sendo calados de súbito....



    Por horas essa orquestra mórbida continua até que as vozes começam a sumir, pedidos de misericórdia dando lugar a silêncio, desespero do pranto de mães dando espaço ao vento e a chuva.



    Leônidas, sentado em seu trono então fecha os olhos quando escuta gritos de mulheres e o que parece de crianças batendo a sua porta.



    -ABRE!!!! ABRE POR FAVOR SENHOR!!!!! - Gritava uma mulher tentando derrubar a porta com os punhos enquanto outras a acompanhavam no grito ou imploravam por misericórdia



    Quando as crianças começam a chorar copiosamente, até tossirem, engasgarem então pararem



    Elas esperneavam, gritavam imploravam mas iam sendo caladas uma a uma até a poça de sangue começar a escorrer por baixo da porta sem mais vozes a anunciando



    ...



    Então silêncio....



    Quebrado pelo rangido lento da porta dupla de madeira sendo aberta, seguido do som do pisar de botas pesadas, úmidas, algo gotejava...



    As botas deixavam marcas rubras de pegadas no chão, os punhos e garras da armadura eram só sangue, com pedaços de carne pendurados....


    Iluminada pelo fogo que vinha do fundo do corredor,  a armadura de Lince estava irreconhecivel, seu azul desaparecera em tons de vermelho e vermelho escuro misturado a lama e rachaduras com partes faltando...



    Leônidas, vestindo a armadura de Hydrus se levanta, seus olhos estão envolto em sombras...



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    Ele encara Aella, cujo o rosto envolto em sombras destacava apenas dois pontos brilhantes de tochas sendo refletidos nos olhos da mascara;



    -Tempos prósperos geram gente fraca - Leônidas com uma voz severa - Mas a perda deles não será perdoada, mesmo que a morte desse povo tenha limpado essa vila da fraqueza.



    A Amazona, séria, apenas agita os punhos, de leve para tirar pedaços de carne ainda presos enquanto encara em silêncio;



    -Não é a primeira vez que passo por isso, sou o único sobrevivente de minha vila, salvo enquanto berserkers violentavam o corpo de minha mãe, que não me perceberam fugir, se você fosse homem estaria se divertindo com o corpo de alguma delas agora.- Diz ele



    -Estupro não é entretenimento - Responde Aella.



    -VIOLÊNCIA NENHUMA É!!! E MESMO ASSIM EU ENCHIA O COLISEU DE SORRISOS A CADA MORTE, CADA DECAPITAÇÃO CADA VEZ QUE EU ESPALHAVA A BARRIGADA DE ALGUM DESGRAÇADO NA ARENA!!!!



    Leônidas da um passo furioso a frente;



    -Tempos difíceis nos geraram - Diz ele apontando para si e para a amazona - e agora, também irão gerar guerreiros fortes quando eu reerguer esse lugar...Guerreiros que iram trazer sorrisos ao povo, MEU POVO, enquanto esfolam e dilaceram os desgraçados do santuário



    Aella bate os punhos e assume posição de combate;



    -Você podia ter evitado isso... - Diz ela



    -E você poderia ter simplesmente passado por eles, mas o ódio e o medo de futuras vinganças cegam os cavaleiros de ouro.



    Ele respira fundo inflando seu peito e enrijecendo seus músculos, assumindo uma posição de luta com relâmpagos em seus punhos;



    -Você será a primeira vitima dessa vingança




    Diz, ambos se encaram e com um relâmpago começam a correr ao encontro, mas ele para antes e da um forte pisão fazendo todo o lugar tremer e as paredes racharem, Aella pula evitando o tremor e no salto acerta um cruzado de esquerda, mas acaba caindo com sua perna ruim.



    Enquanto rangia os dentes de dor, Leônidas a atinge com um cruzado lançando ela na parede da caverna, e começa golpeá-la, 1. 2, 4, 6, 8, 12, socos diretos enquanto sangue eclode por baixo da mascara, socos e cruzados param apenas para carregar seu punho esquerdo;



    -PUNHO DE HÉRCULES!!!! - Grita ele



    Atingindo a parede com força, abrindo uma cratera funda como um túnel, enchendo a sala de fumaça, enquanto a amazona consegue se jogar e rolar no chão, ela para de joelhos e crava as garras na parte de traz do joelho do gigante seguido de um gancho entre as pernas... O gigante se dobra em um rosnado de dor...



    -Acertar nos testículos macheza some em todos vocês não é!?....- Rosna ela



    Agarrando Leônidas pela cintura, levantando o gigante e fazendo ele bater de cabeça no chão com um suplex, a pancada faz o piso rachar e a fumaça dissipar, Leônidas não perde tempo e rola para traz arrancando o trono do chão e jogando na amazona que desvia para o lado, entrando na rota de um cruzado dele que a acerta onde a espada atravessara a amazona...



    GGRRRRRRGGGHHHHHH-
    Rosna ela de dor



    Logo sendo atingida por outro cruzado e mais outro, seguida de um chute giratório que faz ela bater contra a parede, ele agarra a amazona pela cabeça e joga a amazona de cara contra ela, então começa a correr arrastando a cabeça da guerreira na parede, faíscas saem voando da mascara junto com pedaços de pedra até ele parar ainda segurando a amazona pela cabeça.



    Quando Aella cujo o  corpo parecia inerte, se mexe de maneira desengonçada, mas faz sua cabeça escapar das mãos de Leônidas, ela então pula por cima da cabeça do gigante e tenta girar seu pescoço para traz, mas apenas o elmo da armadura acompanha o movimento...



    O gigante ergue seus braços, apanhando Aella no ar e arremessa de costas no chão, o corpo dela quica com violência no chão, pairando tempo o bastante para receberam chute que a faz sair rolando até bater em uma parede.



    Ele a agarra pela cabeça, encarando seu reflexo na mascara, agora com cara demoníaca com arranhões, sangue e lama.



    E com um murro na barriga, lança ela em uma das colunas das janelas....



    Antes de ela cair no chão Leônidas já esta em cima, a atingindo com outra sequência de golpes na barriga e rosto, finalizando com uma joelhada com tanta força que parece que ele atinge a parede da coluna através da amazona, que cai no chão, vomitando bile e sangue na mascara...



    Mas logo ela é posta em pé novamente com um chute na cara, apenas para receber outra sequência de cruzados...



    -Você nunca enfrentou alguém de verdade não é garota? Deve ter se sentido muito especial massacrando meus homens!!!
    Diz ele quase arrancando a mascara de Aella com um cruzado



    -E MATADO ESSE MONTE DE GENTE INOCENTE!!! - Diz ele desferindo outro cruzado afundando o figado dela contra a parede



    Ela cai apoiada de costas na parede enquanto se retorce de dor quando ele a pega pela cabeça e a levanta contra a coluna;



    - Dessa vez, me certificarei que morra de verdade- Diz ele erguendo seu punho



    Que começa a se envolver em eletricidade;



    -PUNHO DE HÉRCULES!!!- Grita ele



    O Golpe explode na amazona afundando ela contra a coluna que explode atrás da amazona;



    -Como?!- Diz Leonidas, surpreso



    Vendo sua mão envolta em sangue, sangue de Aella que parou o golpe com a mão esquerda, que parecia ter quebrado e perdido todas as unhas, apoiada sobre o braço direito, solto que repousava em seu peito coberto de restos da armadura destruída se não pulverizada por baixo, parando o punho de Hércules antes que o golpe atingisse sua força total



    -Grrrrrrrrrrrr...WWWRRRRRAAAAAAAAAAAAAAAARRRGGGGGGHHH - Grita ela, fazendo um esforço Herculeo para fechar seu punho esquerdo



    Rasgando o braço de Leônidas com as garras, que a solta ao ter músculos rompidos



    Ela cai e se levanta num ultimo esforço cravando suas garras na barriga de Leonidas que range os dentes...



    Ela o gira enquanto ele a tenta agarrar com o braço direito, sem forças Aella joga todo seu peso para cima de Leônidas e ambos despencam da janela.



    Na queda ele desfere dois cruzados com força na cara da amazona que o agarra com as pontas dos dedos e ou puxa para perto;



    -VENATOR ULTRAAAAAAAAAAAAAAAAA !!!!!!- Grita ela



    Girando ele, então ambos atravessam as passarelas de madeira e no meio do caos e pedaços de construção voando enquanto aterriçam em barracos e casebres abandonados, uma explosão com brilho forte acontece.



    BOOOOMMMMMMM



    Grandes pedaços de madeira saem voando, assim como Aella eu cai rolando, parando de cara na lama...



    Ela se mexe com dificuldade, tentando se levantar mas caindo logo em seguida com seu braço esquerdo falhando...



    Caindo com seu rosto na lama a tempo de ver a pilha de madeira e escombros que fizeram se mexer e explodir, com Leônidas surgindo em pé, cambaleante mas em pé, que começa a caminhar em direção a amazona caída;



    -Huh, no meu tempo era comum ouvir dizer que quanto mais escura a constelação no céu, mais atrocidades seu cavaleiro cometia, eu não acreditava nisso até ver a casa de Câncer, que por "coincidência" é a mais escura das constelações de ouro, quando vi que era alguém de Lince que acabara de chegar em nossos portões, outra quase invisível na noite, eu sabia o que esperar.



    Ele a pega Aella pela cabeça, a coloca em pé, pisando em seu pé esquerdo, deixando ela ereta, então erguendo seu punho direito que ilumina a escuridão do lugar em meio a tempestade;



    -Agora, você vai ver sentir o que é raiva, acabou vadia!!!! PUNHO DE HÉRCULES!!!!! - Grita ele



    Seu soco explode na amazona em cheio, com seu pé preso ao chão e cabeça sendo segurada por Leônidas, seu corpo dobra, se retorce e explode se fazendo em uma nuvem de sangue, órgãos e ossos com sua coluna balançando na parte do torso presa a cabeça ainda enquanto o que restou da cintura cai no chão, e o que restou de suas costelas se esmigalhava pelo ar....



    Ele encara a cena de olhos arregalados enquanto range os dentes, pouco havia restado do corpo da amazona;



    -Vadia, porca imunda não podia morrer sem dar um ultimo show - Diz ele



    Jogando o resto da cabeça e torso de Aella no chão.



    Quando ele nota seu braço esquerdo, restava apenas um coto com a ponta fumegante;



    -O QUE!? - Grita ele



    Vendo Aella de joelhos inteira a sua frente, viva, arrancando a mão decepada do gigante que ela segurava enrolada em seus cabelos.



    Logo o brilho refletido de um relâmpago chama sua atenção, era o metal na mascara de Lepus que o observava em posição de ataque atrás de Aella...



    -Pfhe!!!! HIEhahahaha, ora suas vadi UUUUGGGHHHHH!!!!-
    Diz ele



    Sendo interrompido pelo braço esquerdo de Aella que entra fundo em sua barriga;



    -Que Sárka... a abençoe... - DIz ele com sangue escorrendo da boca enquanto Aella parece puxar algo dentro do corpo dele



    Aquelas palavras parecem ecoar nos ouvidos de Aella, que queima o cosmo com mais força do que lhe restava, seus longos cabelos começam a levitar enquanto uma baforada de vapor sai por traz da mascara, ela ergue Leônidas no ar com um braço e o encara.



    -Porca é a sua mãe, puta de berserkers!!! - Grita ela com voz alterada



    -VENATOR.... ULTRAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!



    Grita ela tão alto quanto os relâmpagos girando o gigante no ar e arremessando ele com tudo contra a porta de seu palácio talhado na montanha, o corpo de Leônidas atravessa voando e destruindo a porta gigantesca.



    Parando apenas ao ser empalado pelo peito em uma pilastra de madeira das casas destruidas dentro da montanha...



    Ele bate com tudo envergando seu corpo para traz, mas não demora até seu corpo trespassado se mexer e ele, com sua mão ensanguentada, arrebenta a coluna de madeira saindo de seu peito, permitindo que ele caia no chão, deixando um largo buraco aberto atravessando suas costelas...



    Respirando e afogando em seu sangue ele da alguns passos.



    Ele encara as duas uma ultima vez, relâmpagos brancos surgem em seu punho, mas logo ele para, antes de revirar seus olhos e então abaixar sua cabeça, morto, mas deixando seu corpo sem vida em pé.



    Aella cai sentada no chão enquanto Lepus corre para ajudar.



    -Merda.... como... - Pergunta a ofegante amazona.



    -Os guardas me contaram que você me procurava, e disseram que depois de não me achar, você veio voando nessa direção. - Diz ela, indo tentar levantar a amazona.



    Mas Aella dispensa a ajuda.



    -Quando cheguei ouvi vocês brigando, mas antes que eu entrasse, vocês despencaram da janela. ai so precisei esperar ele se distrair para atingir  com minha ilusão, a Lebre de março... Dando espaço pra você puxar o braço que te agarrava para baixo, assim fazendo esse desgraçado decepar o próprio braço achando que te acertou...



    Aella apenas tenta se endireitar, ficando em pé sozinha quando Lepus se vira e olha a vila que havia dentro da caverna...



    Em choque, ela ve casas destruídas, queimadas com decorações festivas em chamas, o corpo de Leônidas em pé morto com um buraco enorme em seu peito, e vários corpos, em vários estados, mulheres com um buraco atravessando o peito. idosos retorcidos, homens sem cabeça, crianças abertas ao meio, e perto da entrada um bebe deitado,  como se dormisse de barriga para cima mas de rosto virado para baixo, sem vida e sangrando profusamente.



    -Céus, crianças, civis... - Diz Lepus, com a voz embargada



    -Ele fez isso? Como ele pôde? Pergunta ela



    Aella apenas se endireita e anda arrastando a perna direita, indo em direção ao corpo de Leônidas;



    Fui eu - Diz ela



    Lepus começa a respirar com raiva, confusa, girando e vendo mais e mais corpos;



    -Você....Com... COMO?! POR QUE??? QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA!!!! -
    Grita ela



    -Ordens de Skarion - Responde Aella




    Lepus cambaleia e para em pé saindo da caverna em baixo da chuva;



    -Por que? POR QUE!? NÓS LUTAMOS POR ESSAS PESSOAS, SOMOS SANTOS DE ATHENA, PARA ELES NÓS SOMOS HEROÍS, NÓS SEMPRE VENCEMOS O MAU, POR QUE?!? -
    Grita Lepus



    -SOMOS SIMBOLOS DE PAZ, JUSTIÇA, O QUE ACONTECEU COM A GENTE?!? O que aconteceu com os cavaleiros da esperança?



    Pergunta Lepus, com a voz carregada.



    -Eles estão ganhando - responde Aella retirando a armadura de Hydrus



    Lepus apenas se vira, em silêncio enquanto a água da chuva escorre em sua mascara.



    -E garantindo que ninguém mude isso...



    Lepus encara a amazona em silêncio embaixo da chuva, a batalha havia terminado, a armadura encontrada e recuperada, mas as a água da chuva que escorria na mascara não eram lagrimas de alegria, era mesmo aquilo uma vitória?





    ...





    Não demora até ambas retornarem até o santuário, largando Abidos em chamas para traz,  logo as três armaduras, as duas dos cavaleiros mortos e a de hydrus postas a frente de Skarion que encara a amazona de Lince ainda ferida e suja de sangue e lama, rodeada de soldados apontando lanças com a amazona de Lepus mais atrás;



    -Huh se não entrasse aqui desse jeito Aella, eu ficaria profundamente decepcionado... - Ele diz ao observar as outras duas caixas de armaduras - O que significa isso?



    Aella envergada para frente fazendo uma poça de lama, agua e sangue se formar apenas olha em silêncio por um tempo;



    -Eles tentaram roubar a armadura de volta senhor, isso é o que ouvi... ao menos.



    -Ninguém foi enviado fora você amazona, esses desgraçados tiveram a morte que mereceram por insubordinação, podem abaixar as armas, não ouve abusos, apenas uma amazona cumprindo ordens, e você Quartz de Lepus, pensei que já estivesse acostumada, nunca viu corpos antes? - Diz Skarion quase com tom de deboche


    Lepus apenas balança a cabeça consternada, e continua;



    -Foi o choque de ver aquilo, ao vivo, tão... tão... Lamento senhor, não se repetira.



    -Se essas crianças crescessem, virariam ótimos guerreiros, e não pensariam antes de te violentar só por que você teve pena deles quando eram  menores, você não esta usando essa armadura para ter misericórdia, você a usa para servir a esse Santuário.



    Diz ele retornando ao seu trono;



    -Estão dispensadas, deixem o caso desses outros dois idiotas que morreram para traz, morreram na própria estupidez,  e Aella, tente não quebrar tanto a armadura assim novamente, oricalco não da em árvore caso não saiba, não espero que aprendam, mas se cometerem os mesmos erros novamente, não escaparão de punição. Podem ir



    A ordem era um alivio momentâneo, para Aella que caminha lentamente, só, a decida inteira e segue atrás de tratamento,



    Dois cavaleiros tentaram roubar de volta, sem avisar ninguém? Esse heroísmo dos mais jovens era normal mas não existia altruísmo para ela, e se eles não tivessem tentado roubar, mas de fato roubaram a armadura? Não de Leônidas, mas do santuário, aquele desgraçado so pode ser receptor, mas ele não parecia saber mais do que a amazona, pensa ela, se lembrando do descontrole e da raiva que sentiu ao ouvir a palavra Sárka de novo, não demora até o roubo da armadura ganhar ares nebulosos, alguém queria Leônidas fora, de onde? Por que? Cavaleiros não precisam disso, eles se matam por muito menos...



    Até ser alcançada por Lepus que a seguia de longe.



    -Como você, consegue - Pergunta ela - Não me entenda mal, mas eu não acredito, como pode fazer aquilo...



    Aella apenas para, respira fundo, tossindo logo em seguida;



    -Estou morta, só estou aqui cumprindo ordens, e devo cumprir sem questionar. - Diz ela voltando a andar com dificuldade



    Lepus apenas balança a cabeça negativamente;



    -Você não é uma marionete, você tem escolha, você é livre. não percebe? ....



    -̶̧̱͔̓́̓̃̓E̵͚̻̖͗̑͑͐̾͘S̵̯̰͌̀̊̇͊͝Ṫ̵̳̤̥͆̈́̋O̵̫͈̠̰̱͐̽͋͘Ṳ̸̢̖̝̫̺͝ ̷̹̹͂́̽M̶̠̫̝̦̀͑̂̈͘͜Ò̶̩̐̀̏̅R̸̖̐̈͐̾̓T̸̞̻̐A̵̞̠̱̅̈́̓!̶̧̡̗̪̮͋͌̅!̵̨̣͝!̷̖̞͙̣̖̏̽̓͜!!!! - Grita Aella, assustando Lepus -



    -Eu não tenho vida, eu tenho um propósito, sabe por que você pode ter folga pra ficar com os dedos dançando entre suas pernas? Por que eu me mato todo dia para fazer o que ninguém quer, para poder fazer o que ninguém pode!!!



    Aella e se aproxima de Lepus;, olha ao redor, nada a não ser as sombras de sempre;



    Lepus apenas se afasta balançando a cabeça negativamente, ela não entendera ou não acreditara, fato que na cabeça de Aella, Lepus era como o povo da vila, vivendo em paz enquanto os soldados sacrificavam suas vidas para que eles não perdessem essa paz, e o que aconteceu era o resultado da falha dos soldados em defender o lugar, o que ela buscava evitar a todo custo...



    -Não tive escolha, eles defenderam  um traidor, um que se voltara contra o santuário em favor próprio, e traidores não merecem nem lugar e nem chance. - responde Aella voltando a caminhar



    -Não existe esperança Lepus, se você for forte o bastante, nunca irá precisar dela. Athena super omnia, nunca esqueça.




    Termina ela largando Lepus sozinha em silêncio na madrugada.



    Em uma noite nublada, luzes iluminavam o santuário envolto na carregada neblina. Lepus decide não seguir Aella, que andava como se o peso da terra estivesse em seus ombros, ela apenas a olha de longe, um anjo que caminhava na escuridão, coberta em sangue, um anjo cujo a existência não se resumia a mais nada se não a próxima missão, pensa Lepus, tentando engolir em vão o que acabara de ouvir, que talvez, essa fosse uma guerra sem lado certo.



    Para Lepus o trabalho dos cavaleiros era para construir um lugar onde a justiça de Athena prevalecesse sempre e afastasse as sombras  desse mundo,



    Mas a justiça de Athena era carregada e povoada pelo horror.



    Pensa ela envolta em seus pensamentos, olhando o santuário, envolto na neblina.





    -Fim
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    MensagemAssunto: Re: Aella - Esperança   Aella - Esperança Icon_minitimeSeg Jan 17, 2022 8:27 pm

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